Tropicana tem edição limitada para destacar ingredientes naturais
A renomada marca de sucos de laranja Tropicana surpreende o mercado ao lançar uma edição limitada com a marca “Tropcn”, retirando as letras “AI” de Artificial Intelligence de seu nome. A estratégia visa evidenciar a composição natural de seus produtos e desvincular-se da crescente tendência em torno da inteligência artificial (IA).
Segundo a empresa, o constante avanço da IA nos afasta do mundo natural e ressalta que a busca por autenticidade nos ingredientes é crucial. No entanto, salienta que mesmo formulações geradas por inteligência artificial podem ser totalmente compostas por ingredientes naturais.
Vale destacar que a Tropicana critica a associação da IA com alimentos artificiais, enfatizando que questões como privacidade de dados, alucinações e viéses não estão relacionadas aos produtos alimentícios. Destaca que é possível incluir ingredientes artificiais de maneira segura e humana, sem a necessidade de recorrer à inteligência artificial.
Outro questionamento feito pela marca é a confusão gerada no consumidor pela crescente desinformação em torno da IA, sugerindo que interesses ocultos podem estar por trás dessa estratégia. Ressalta que o foco deveria estar na transparência sobre os processos de produção alimentar, independentemente do uso de tecnologias avançadas.
Observando o crescente interesse do público em entender a IA, a Tropicana revela que as pesquisas por “O que é IA?” aumentaram 643% de 2022 a 2023. Aproveitando a oportunidade, a empresa busca esclarecer que sua escolha de utilizar ou não a IA está relacionada à busca pela qualidade e autenticidade, não à artificialidade dos produtos.
Ironicamente, a empresa questiona se espreme manualmente suas laranjas ou se utiliza sistemas computadorizados para garantir a qualidade dos sucos. Essa provocação destaca a dualidade existente na relação entre natureza e tecnologia na produção alimentar.
Por fim, a Tropicana conclui ressaltando que, embora legítimo buscar benefícios comerciais, seria mais eficaz e ético não induzir o consumidor ao erro, promovendo uma comunicação mais clara e transparente sobre a origem e qualidade de seus produtos.
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Fonte: Natasha Monteiro de Pádua
Foto: Tech Times