Brevel inaugura planta para produção de proteína de microalga
A Brevel, startup israelense focada em fermentação de biomassa com uso de proteína de microalga, inaugurou sua primeira planta comercial. Com um investimento de US$ 18.5 milhões liderado pela NevaTeam Partners e apoiado pelo Fundo EIC da União Europeia, a nova instalação visa à produção em escala comercial e expansão global.
Localizada no deserto de Israel, a planta ocupa 2.500m² e inclui a sede, um centro de P&D e uma área de fabricação comercial equipada com biorreatores de 3, 50, 500 e 5.000 litros. A produção inicial permitirá à Brevel fabricar centenas de toneladas de um concentrado de proteína de microalga, com 60-70% de proteína, voltado para alternativas de carne e laticínios. Os primeiros produtos devem ser lançados no primeiro trimestre de 2025.
Yonatan Golan, CEO e cofundador, destacou que a capacidade total da planta pode ser ampliada para até 30.000 litros. Fundada em 2016 pelos irmãos Yonatan, Matan e Ido Golan, a Brevel utiliza um processo de fermentação de biomassa que combina açúcar, uma cepa de microalga da família chlorella e luz para produzir proteínas funcionais e outros coprodutos de forma econômica.
A proteína de microalga da Brevel é não transgênica, possui um perfil completo de aminoácidos e apresenta sabor e cor neutros, permitindo diversas aplicações em alimentos e bebidas. A empresa planeja lançar produtos contendo sua proteína a partir de 2025 e desenvolver outros produtos para a indústria de suplementos alimentares.
A empresa também firmou parceria com a VGarden para desenvolver um queijo vegetal rico em proteínas, previsto para ser lançado em mercados globais e posteriormente em Israel, após aprovação regulatória.
O evento de inauguração contou com a presença de investidores, startups de tecnologia alimentar, representantes do governo e fabricantes de alimentos, oferecendo visitas guiadas à nova instalação e degustação de queijos vegetais feitos com a proteína de microalga da Brevel. Ido Golan, CTO, afirmou que a nova planta é apenas o início de uma contribuição vital para uma cadeia de valor alimentar segura e resiliente, nutrindo futuras gerações com uma nova linha de proteína acessível e nutritiva.
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Finlândia inova com proteína sustentável a partir do ar
A Solar Foods, empresa finlandesa, inaugurou uma fábrica próxima a Helsinque onde produz proteína comestível utilizando ar e eletricidade. O processo inovador, que integra a agricultura celular, alimenta um micróbio com dióxido de carbono, hidrogênio e minerais, gerando um pó rico em proteínas. Este produto, chamado “Solein”, pode substituir ovos e leite.
A agricultura celular é uma alternativa ecológica à pecuária, uma das principais fontes de emissão de gases de efeito estufa. A produção de alimentos em laboratório, embora vista por alguns como antinatural, mostra-se promissora em termos de sustentabilidade.
A Solar Foods, fundada por Pasi Vainikka e Juha Pekka Pitkanen em 2017, está na vanguarda dessa tecnologia. Vainikka destaca que a principal matéria-prima para o micróbio é extraída do ar, resultando na proteína mais sustentável do mundo. A “Solein” emite 130 vezes menos gases do efeito estufa que a proteína da carne bovina na União Europeia, conforme estudo da Universidade de Helsinque.
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Fonte: veganbusiness.com.br
Imagem: Reprodução / Brevel