BRF cria programa para evitar o desperdício de alimentos

Uma das pautas mais sensíveis no ramo gastronômico é o desperdício de alimentos. A preocupação já é documentada e comprovada: segundo a FAO (A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), um terço do alimento no mundo é desperdiçado.
Para se ter ideia, 14% dele é perdido antes mesmo de chegar ao comércio. E mora aí uma responsabilidade por parte das empresas que trabalham com isso: tentar reverter essa situação. E a BRF é uma das corporações que vem trabalhando ativamente para reverter alguns dos gastos ambientais que causa.
Foi com o pensamento de contribuir para a pauta que o Instituto BRF lançou a primeira edição do Ecco Comunidades, feito em parceria com as organizações Prosas e Quintessa. O objetivo é apoiar soluções que tenham como foco a redução de perdas e desperdícios de alimentos.
O programa promoverá o desenvolvimento territorial a partir da implementação de novas ações em alguns municípios onde a BRF está presente, como Dourados (MS), Lucas do Rio Verde (MT), Nova Mutum (MT), Rio Verde (GO) e Uberlândia (MG). A ação será feita por meio de startups brasileiras, que podem se inscrever até o dia 20 de agosto.
“O Instituto BRF trabalha desde 2012 para promover o desenvolvimento e a inclusão nas localidades onde a empresa está presente. Com o Ecco Comunidades, queremos promover impacto social positivo por meio da inovação, ampliando nossos esforços para combater o desperdício de alimentos e promover segurança alimentar em parceria com a sociedade civil. O programa faz parte de uma série de ações da BRF e do Instituto que tiveram início com a plataforma que batizou a iniciativa, o Ecco, Especialista de Consumo Consciente que educa e sensibiliza para esse desafio global”.
Bárbara Azevedo, gerente do Instituto BRF.
Como funciona?
Segundo a BRF, serão incialmente duas fases. A primeira conta com a seleção de até oito startups para participarem de um programa de aceleração. Essa fase será marcada pelo apoio individualizado de um gestor do Quintessa e de executivos da BRF, com duração de quatro meses. A ideia é atuar nos desafios estratégicos específicos de cada um por meio de mentoria e workshops em grupo.
A segunda fase elegerá algumas dessas startups para implementar suas soluções nos territórios de atuação da BRF, colocá-las à prova e em prática. Para que isso ocorra, cada uma das selecionadas receberá até R$ 90 mil, com apoio do Quintessa na implementação dos pilotos e das OSCs locais (organizações da sociedade civil).
“Vamos gerar valor para os territórios ao atuar em parceria com as startups, que trazem suas soluções inovadoras, escaláveis e já com eficácia comprovada, bem como com as OSCs locais. Além de gerar o legado de transformação local por meio das soluções, o programa deixará um legado para as startups, por meio da aceleração, e para as OSCs, por meio do suporte dedicado a elas”.
Anna de Souza Aranha, diretora do Quintessa, aceleradora de impacto referência no Brasil e parceira da iniciativa.
Vale destacar que, para seguir com a inscrição, as startups precisam estar em estágio operacional e possuir um projeto pronto para implementação ou que seja facilmente adaptado.
Fonte: Consumidor Moderno.