Estudos mostram soluções naturais para conservação de alimentos
A crescente demanda dos consumidores por alimentos naturais e com menos aditivos químicos tem impulsionado a busca por alternativas de conservação que mantenham a segurança e a durabilidade dos produtos. Estudos recentes destacam o potencial das bactérias probióticas e das bactérias ácido láticas (BAL) como bioconservantes, oferecendo uma solução natural para controlar a contaminação e a deterioração dos alimentos.
Os probióticos são microrganismos vivos que, quando consumidos em quantidades adequadas, trazem benefícios à saúde. Entre eles, as BAL, que fazem parte da microbiota natural de diversos alimentos, têm se destacado pela produção de compostos antimicrobianos, como ácidos orgânicos e bacteriocinas, que inibem o crescimento de microrganismos indesejáveis e promovem a segurança alimentar.
As bacteriocinas, peptídeos ou proteínas produzidos por bactérias, são reconhecidas como seguras e eficazes na inibição de patógenos, como Listeria monocytogenes e Staphylococcus aureus, responsáveis por intoxicações alimentares. Sua ação pode ser bactericida, eliminando as bactérias, ou bacteriostática, impedindo sua multiplicação, garantindo assim a qualidade e a segurança dos alimentos.
Embora a nisina seja a única bacteriocina amplamente comercializada e aprovada pela Organização Mundial da Saúde como conservante em alimentos, pesquisas recentes têm identificado novas bacteriocinas com potencial de aplicação na indústria alimentícia. Além de prolongar a vida útil dos alimentos, essas substâncias apresentam benefícios adicionais, como a preservação da qualidade nutricional e sensorial dos produtos.
A utilização de bacteriocinas como bioconservantes representa uma alternativa promissora para reduzir a dependência de conservantes químicos, atendendo à demanda dos consumidores por alimentos mais naturais e saudáveis, ao mesmo tempo em que garante a segurança e a qualidade dos produtos. Com o avanço das pesquisas nessa área, espera-se que novas opções de conservantes naturais possam ser desenvolvidas, beneficiando tanto os consumidores quanto a indústria alimentícia.
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Fonte: foodsafetybrazil.org
Foto de CDC na Unsplash