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SUPLEMENTOS

Qual será a evolução dos probióticos na indústria de alimentos?

Os produtos probióticos ficaram popularmente conhecidos pelos seus benefícios à saúde intestinal, sendo amplamente utilizados no Brasil e no mundo, fazendo parte de um mercado bilionário. Definição, benefícios, produtos e sua relação com a imunidade serão discutidos nesse artigo. Confira!

O mercado de probióticos está mundialmente em importante expansão

A sua popularização se deve ao aumento do interesse e conscientização das pessoas sobre os efeitos probióticos para a saúde digestiva e, por sua vez, para a de todo o organismo.

Dados da GanedenBC30, uma das maiores indústrias do setor, informam que o maior mercado de probióticos do mundo se encontra no continente Asiático. A China detém 35% do segmento. Em seguida no ranking encontra-se a Europa. Em 2018, o mercado global de probióticos foi estimado em US$ 49,4 bilhões e, em 2023, a projeção é alcançar US$ 69,3 bilhões, crescendo a uma taxa anual composta (CAGR) de 7%.

O Brasil é o país da América Latina com as maiores vendas de probióticos! Ele, juntamente com o México, corresponde a 70% desse mercado. O Brasil tem uma CACR prevista de 11% até 2022.

O que são?

Probióticos são microrganismos vivos que se multiplicam na microbiota intestinal. Quando em quantidades adequadas, promovem diversos benefícios à saúde do hospedeiro. As cepas mais usadas como suplementos probióticos pertencem aos gêneros Lactobacillus e Bifidobacterium.

Benefícios:

Os benefícios podem variar dependendo da bactéria usada em cada suplemento, mas de uma maneira geral, os principais são:

  • Controle da microbiota intestinal;
  • Diminuição da população de bactérias maléficas;
  • Estimulação do sistema imune;
  • Resistência contra patógenos;
  • Alívio da constipação;
  • Aumento da absorção de minerais e produção de vitaminas.

Existem diversos estudos que relacionam os probióticos a outros benefícios ligados à prevenção de doenças, desde diabetes até câncer. É o que acredita a startup brasileira BIOMA4me, que faz exames nos EUA com as fezes de seus clientes, visando entender a flora intestinal. A empresa elabora relatórios de probabilidade de desenvolvimento de certas doenças e, no futuro, a ideia é a manipulação de um mix de probióticos personalizado e ideal para a modulação.

Em quais categorias os probióticos são mais empregados atualmente?

Produtos lácteos: pela compatibilidade das bactérias com esse meio, os probióticos são muito utilizados, desenvolvendo-se iogurtes e bebidas fermentadas;

Produtos em cápsulas ou produtos em pó para serem dissolvidos em bebidas: o benefício dessa forma está em oferecer maior segurança alimentar devido à sua manipulação dentro de laboratórios;

Mas os probióticos já estão presentes em uma variedade de produtos como queijos, sorvetes, sucos fortificados, e até alimentos não lácteos como doces, chá e cafés, snacks, entre outros.

Marcas nacionais que já têm produtos e linhas probióticas

  • Nestlé: a empresa licenciou sua própria bactéria probiótica – Lactobacillus johnsonii – e tem uma linha de produtos para a saúde intestinal, constituída principalmente de suplementos alimentares;
  • Danone: também possui bactéria patenteada – Lacticel – e oferta alimentos lácteos, como iogurtes e bebidas fermentadas;
  • Yakult: uma das empresas mais conhecidas e pioneira neste mercado. Seu produto é o leite fermentado pelas bactérias Lactobacillus casei Shirota;
  • Vitafor: a marca trabalha com o produto Simfort, que possui um mix de microrganismos, contendo cinco espécies de bactérias. Esse produto é considerado um suplemento alimentar e é vendido em pó, dentro de sachês;
  • GanedenBC30: é uma indústria B2B que possui um ingrediente probiótico (Bacillus coagulans GBI-30, 6086) patenteado pela FDA GRAS, encontrado em mais de 900 produtos, como sucos, iogurtes, chás e cafés, snacks, sorvetes. A empresa é líder  em alimentos e bebidas probióticas em todo o mundo.

Barreiras tecnológicas na produção:

A sobrevivência das bactérias depende de diversos fatores intrínsecos e extrínsecos, como o meio, o tempo e a temperatura de fermentação, o nível de oxigênio, o tipo de bactéria e o pH final.

Em alguns casos, a refrigeração garante a estabilidade do produto por determinado tempo. Em estudos científicos, foi visto que a concentração de bactérias do tipo lactobacillus diminuiu apenas após 21 dias a 4 ºC. Foram observadas também altas taxas de sobrevivência e maior atividade das bactérias armazenando-se as culturas a -80 ºC.

Probióticos x imunidade

Além dos conhecidos efeitos para a saúde intestinal, os benefícios à imunidade também já foram estudados. Isso ocorre pois as bactérias probióticas produzem substâncias antibacterianas e aumentam as células de defesa do organismo, estimulando a imunidade.

Com o cenário atual de pandemia por um vírus altamente infeccioso, a importância de uma boa saúde imunológica ganhou mais destaque. Estudos têm demonstrado que o sistema imunológico desempenha um papel importante para a recuperação e combate à doença. O mercado de probióticos só cresce e, certamente, com o aumento da preocupação com a imunidade, os probióticos tendem a se popularizar ainda mais.

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