Consumo proteico no envelhecimento.
Uma boa nutrição é fundamental para atenuar o processo de envelhecimento, exercendo um papel fundamental na promoção, manutenção e recuperação da saúde de pessoas idosas.
As mudanças fisiológicas, metabólicas, o uso de medicações controladas, depressão e alterações da mobilidade exigem mais cuidados com a alimentação.
O consumo adequado de proteína por idosos é essencial no aumento e manutenção da massa magra, auxiliando no retardo do surgimento de sarcopenia.
Sabemos que o metabolismo é mais baixo em idosos, e suas necessidades energéticas são menores. Porém a redução no consumo energético parece vir acompanhado de desbalanço entre os macronutrientes, tendo a proteína como o mais prejudicado. É muito comum aumento de carboidratos e gorduras.
Foi observado em estudos clínicos que 32% a 41% das mulheres e 22% a 38% dos homens acima de 50 anos não atingem a ingestão diária recomendada (RDA) de proteínas (0,8g/Kg/dia), e que nenhum idosos ingeria a mais alta distribuição proteica de 35% da ingestão calórica diária. Além disso as necessidade de proteína para adultos com mais de 56 anos parece ser ainda maior do que os 0,8g/Kg/dia.
Para a prevenção de sarcopenia e fragilidade em geral, é indicado um consumo diário de 24 a 36 Kcal/Kg de peso, buscando a manutenção de peso, evitando perda ou ganho excessivo, e um consumo de 0,8 a 1,2g de proteína de alta qualidade por Kg de peso corporal. Entretanto, uma quantidade muito elevada de proteínas em indivíduos idosos (em torno de 2g/Kg de peso/dia) pode aumentar o risco de perda de função renal em idosos e idosas saudáveis.
Não há dúvidas da importância dos fatores nutricionais na senilidade. Deve ser evitada a perda de peso e deve ser garantida uma dieta rica em proteínas de alto valor biológico, em alimentos com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.
Uma dieta variada e balanceada aliada à atividade física pode ser a melhor maneira de prevenir o surgimento da sarcopenia.