Geração Z lidera tendência de saudabilidade
A 3ª edição do Connection Foodservice, realizada pela Mercado&Consumo e Gouvêa Foodservice, trouxe à tona os principais aprendizados da maior feira de foodservice das Américas. A geração Z se destacou como tema central nas discussões, refletindo sua influência significativa do setor.
No painel “Tendências e inovações em alimentos e bebidas”, mediado pela editora-executiva da M&C Aiana Freitas, participaram Luiz Mascella, sócio e diretor de mixologia dos bares Terê e Regô, Carolina Torres, CEO da Plant Choice, e Bruna Pavão, fundadora e CEO da SaudaBe. A sustentabilidade do mercado alimentar e as adaptações necessárias para atender os jovens consumidores foram debatidas.
Bruna Pavão destacou a importância de comunicar os benefícios dos produtos sustentáveis para a geração Z, que valoriza a sustentabilidade, o sabor e a funcionalidade, mas enfrenta barreiras de preço. “Essa geração está muito conectada ao digital. Quanto mais mostramos os benefícios e diferenciais, mais conseguimos atraí-los para a indústria”, afirmou Pavão.
O consumo de alimentos plant-based tem crescido entre esses jovens, mas Carolina Torres alertou que nem todos os produtos plant-based são saudáveis. “O plant-based brasileiro copiou o modelo americano de hambúrgueres e nuggets, que nem sempre são saudáveis. É possível fazer diferente, com preocupação com a saudabilidade e sustentabilidade da cadeia, sem abrir mão do sabor e do prazer de comer”, ressaltou Torres.
Luiz Mascella observou que a geração Z está influenciando até o consumo de bebidas, preferindo coquetéis sem álcool e exigindo novos produtos, como os drinks enlatados. “O consumo de álcool dos mais jovens é diferente dos mais velhos. Muitos preferem coquetéis sem álcool, mesmo estando no bar socializando”, disse Mascella. Ele apontou os desafios de adaptar essas novas tendências ao mercado brasileiro, mas acredita que os drinks enlatados têm um futuro promissor no país.
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Mocktails ganham destaque em bares e restaurantes para a geração Z
Jovens como o advogado Gabriel Prado, de 27 anos, estão moldando uma nova tendência nos hábitos de consumo noturno. Optando por uma vida mais sóbria, Prado é parte de uma crescente parcela de consumidores que priorizam mocktails, drinks e cervejas sem álcool ao sair para jantar com amigos. Há dois anos, ele tomou a decisão de deixar de lado o álcool, motivado por uma variedade de razões que vão desde convicções religiosas até preocupações com saúde e bem-estar físico.
Para atender à demanda desse público em ascensão, o mercado de bebidas está passando por mudanças significativas. Desde gigantes do setor até novos entrantes, todos estão expandindo suas opções para incluir mocktails e cervejas sem álcool em seus cardápios, à medida que bares e restaurantes competem por consumidores dispostos a pagar por uma experiência de sabor sem o teor alcoólico.
Edgar Bueno, fundador da Companhia Tradicional do Comércio, que opera marcas de bares populares, destaca essa mudança, afirmando que o mercado está se adaptando às novas demandas pós-pandemia e ao perfil dos clientes mais jovens, incluindo veganos, vegetarianos e não alcoólicos.
Bares como o SubAstor já estão atendendo a essa demanda com uma variedade de mocktails, como o “Virgin Mary” e “Virgin Mojito”, oferecendo alternativas saborosas que rivalizam com os clássicos da coquetelaria, mas sem álcool.
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Fonte: mercadoeconsumo.com.br
Foto de Alexandra Andersson na Unsplash