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MERCADO DE IOGURTES: COMO ESTÁ O QUE ERA A MAIS INOVADORA DAS CATEGORIAS HÁ 5 ANOS?

Obtido da coagulação do leite pela ação de dois microrganismos, Lactobacillus bulgaricus e Streptococcus thermophilus, o iogurte possui origem desconhecida, sendo que algumas teorias arriscam a datá-lo do período neolítico, entre 5.000 a 3.500 a.C.

O certo é que o iogurte só se tornou conhecido na Europa a partir do século XVI e desde então é consumido em todo o mundo. No entanto, nos últimos anos, o mercado brasileiro de iogurte parece ter caminhado a passos bem curtos, quase parando. É o que aponta o relatório da Euromonitor, Yoghurt and Sour Milk Products in Brazil, segundo o qual o consumo do produto caiu 2% só em 2017, uma queda de R$ 13,6 bilhões. Esse mesmo relatório aponta que até 2022 as vendas continuarão em declínio com taxa de crescimento anual composta (CAGR) de -1%, taxa que analisa a viabilidade de um investimento,  uma ferramenta muito utilizada por analistas de mercado, empresas e fundos de investimento.

As empresas brasileiras que produzem iogurte já apostaram em produtos cada vez mais inovadores. Tivemos como lançamento nas prateleiras iogurtes com “x vezes” mais fruta, como fez a Batavo, já há alguns anos, ou a linha 100% natural lançada em 2015 pela Yorgus; também é o caso de produtos com fitoesteróis e com probióticos e a Marca Verde Campo, pioneira em produtos sem Lactose, responsável por iniciar um mercado que se amplificou, e cresceu 98% até 2017.

Nos últimos tempos, o que mais tem crescido é o forte apelo aos produtos com alto teor de proteínas que, em 2019, tiveram aumento de 20%, segundo a MilkPoint. A proteína está em alta não só pelas suas características nutricionais, mas principalmente pela aceitação e entendimento desses benefícios pelo público. Uma pesquisa da Mintel revela que 65% dos consumidores compreendem os benefícios das proteínas, principalmente para o crescimento muscular, o controle de peso e a saciedade.

Com isso várias marcas investiram nessa inovação, veja alguns exemplos, não só de iogurtes como de bebidas lácteas: Depois dessa enxurrada de produtos com mais proteína, o que podemos esperar? Plant based na indústria de lácteos? Pode isso?

Outro estudo conduzido pela  Innova Market Insights, onde colheram informações de 9 países, mostra que 32% dos consumidores compram alternativas vegetais aos lácteos por estas serem mais saudáveis e 27% por trazerem variedade à dieta. Assim, as pessoas estão cada vez mais abertas a experimentar produtos à base de plantas nessa categoria de alimentos. É o que sugere uma pesquisa da Cargill em que 45% dos participantes disseram ter expectativas em relação ao lácteo à base de plantas. Esse é um dado que vai ao encontro de uma outra pesquisa realizada na Europa pela Arla Foods Ingredients, que revela  que 73% dos entrevistados comprariam mais laticínios orgânicos, se eles estivessem mais disponíveis.

É, pois, de olho nesse mercado que as grandes indústrias devem apostar seus portfólios nos próximos anos, como aponta uma pesquisa de mercado realizada pela Hexa Research, que estima em US$ 2,53 bilhões até 2025 o movimento do mercado global de iogurtes vegetais. A Chobani já lidera este segmento nos EUA, quando viu suas vendas subirem 9% em menos de 1 ano, após o lançamento de lácteos à base de plantas, feito em 2019.

Já aqui no Brasil, a Vida Veg segue a passos largos e acaba de investir em uma planta fabril nova para produção de lácteos, em Lavras, interior de Minas Gerais. Anderson Rodrigues, diretor-executivo e um dos fundadores da empresa, disse em entrevista ao Vegazeta que triplicou o volume de produção de um ano para o outro, desde 2015.

A nova tendência dos iogurtes naturais parece não ser passageira, conforme aponta um relatório divulgado pela Data Bridge Market Research em que vê, ao menos na América do Norte, os iogurtes lácteos sendo totalmente superados pelos iogurtes vegetais a partir de 2025 lá já se registra queda no consumo de laticínios e aumento na procura por alternativas baseadas em vegetais.

Além da maior abertura dos consumidores para experimentar novos sabores, outros fatores contribuem para a mudança de hábitos alimentares, como aponta um relatório da Future Market Insights, segundo o qual a quantidade de pessoas intolerantes à lactose vem aumentando nos últimos anos.

Enquanto isso, a naturalidade toma conta

Seguindo essa tendência, a Itambé inovou ao investir em uma nova linha triple zero: 0% açúcar, 0% gordura e 0% lactose. Outra inovação da Itambé foi o desenvolvimento de novos iogurtes da linha Natural Milk.

“A indústria láctea tem se reinventado todos os dias trazendo opções cada vez mais personalizadas para os consumidores. Diante do cenário que vivemos hoje, acredito que as inovações estarão ainda mais voltadas para saúde, tendo como principais pilares a imunidade, digestão e o bem estar holístico”.

Beatriz Cardoso, gerente de marketing da ITAMBÉ.

Já a Danone, que tem a categoria de petit suisse mais famosa do Brasil, também embarcou recentemente em uma alternativa orgânica e sem corantes.

Acreditamos que iogurtes feitos de leite de vaca não irão desaparecer, é um mercado muito grande, mas que tende a encolher, focar mais no natural e premium.

E você, o que acha?

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