Setor de alimentos lidera indústria brasileira, segundo IBGE

A produção de alimentos continua a ocupar o topo da indústria nacional. Em 2023, o setor foi responsável por 18,6% da receita líquida de vendas (RLV) da indústria brasileira, segundo dados do IBGE divulgados neste mês. A atividade lidera o ranking desde 2007, quando foi adotada a atual Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0).
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O levantamento faz parte da Pesquisa Industrial Anual – Produto (PIA-Produto), que monitora a participação de cada segmento industrial no faturamento total. No ano passado, a receita líquida da indústria atingiu R$ 4,9 trilhões, e as dez principais atividades concentraram 76,2% desse montante.
Entre os setores mais relevantes, a fabricação de produtos alimentícios superou outras indústrias consolidadas, como a de derivados de petróleo (10,4%), produtos químicos (9,9%) e veículos automotores (8,7%).
Ranking das atividades industriais por participação na RLV (2023):
- Produtos alimentícios – 18,6%
- Derivados de petróleo e biocombustíveis – 10,4%
- Produtos químicos – 9,9%
- Veículos automotores – 8,7%
- Metalurgia – 6,9%
Petróleo e proteína bovina entre os produtos mais rentáveis
O IBGE também divulgou os produtos com maior peso na geração de receita. Pelo segundo ano consecutivo, os óleos brutos de petróleo lideraram o ranking, seguidos pelos minérios de ferro e óleo diesel. Entre os alimentos, carnes bovinas frescas ou refrigeradas aparecem na quarta posição geral.
O açúcar VHP (very high polarization), utilizado principalmente na exportação, também figura entre os dez primeiros colocados.
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Produtos com maior participação na RLV industrial (2023):
- Óleos brutos de petróleo – 5,3%
- Minérios de ferro – 3,3%
- Óleo diesel – 3,2%
- Carnes bovinas refrigeradas – 2,3%
- Gasolina automotiva – 1,8%
Crescimento consistente do setor de alimentos
A recorrente liderança da indústria de alimentos demonstra sua solidez frente às oscilações econômicas e às transformações no comportamento de consumo. A alta demanda por alimentos processados, soluções convenientes e novas formulações – como produtos plant-based, clean label e com apelo de saudabilidade – vem impulsionando investimentos em inovação e expansão produtiva.
Para as empresas do setor de alimentos, os dados reforçam a importância estratégica de acompanhar tendências de mercado e buscar diferenciação por meio de ingredientes funcionais, novas tecnologias e processos sustentáveis.
Fonte: Isto é dinheiro
Foto de Richard R na Unsplash