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Métodos de conservação reduzem desperdício de alimentos

Os métodos de conservação ganharam protagonismo nas discussões ambientais, impulsionados pela COP30, realizada em Belém. A relação entre desperdício de alimentos e emissões de gases de efeito estufa colocou esses métodos no centro das estratégias para reduzir perdas e mitigar impactos ambientais. Hoje, o descarte de alimentos responde por até 10% das emissões globais de GEE — cinco vezes mais do que todo o setor da aviação.

Cencosud combate desperdício de alimentos na América Latina 

Desperdício de alimentos e impacto ambiental

O desperdício envolve recursos naturais, energia e logística que não retornam para a cadeia produtiva. Quando descartados, os resíduos alimentares se decompõem em aterros e liberam metano, um gás com potencial de aquecimento cerca de 80 vezes maior que o CO₂.

A pressão ambiental também vem do processo produtivo: cultivo, transporte, refrigeração e armazenagem geram emissões mesmo quando o alimento não chega ao consumidor. No Brasil, o cenário é ainda mais crítico. Segundo o World Resources Institute (WRI), o país ocupa a décima posição no ranking global de desperdício. No setor de restaurantes, até 10% dos itens comprados são descartados antes do consumo, o que representa mais de 40 mil toneladas ao ano.

Métodos de conservação ganham força na indústria

Na indústria de alimentos, os métodos de conservação são essenciais para ampliar a vida útil, garantir qualidade e reduzir perdas. A combinação entre tecnologia e processos de preservação tornou essas soluções mais eficientes e adaptáveis às demandas do setor.

Entre os métodos mais utilizados estão:

Refrigeração

Mantém alimentos entre 0°C e 10°C, reduzindo a atividade microbiana e preservando textura e sabor. É amplamente aplicada em carnes, laticínios e frutas.

Congelamento

Armazena abaixo de -18°C, inibindo o desenvolvimento microbiano e prolongando a conservação por meses, com boa manutenção dos nutrientes.

Pasteurização

Aquece líquidos rapidamente para eliminar bactérias, mantendo características sensoriais. É comum em leite, sucos e cervejas.

Esterilização

Aplica temperaturas acima de 100°C para eliminar micro-organismos, inclusive esporos. É utilizada em produtos embalados como sopas e leite UHT.

Liofilização

Remove água por congelamento e sublimação, preservando textura e nutrientes. Usada em café solúvel, frutas e produtos para consumo em expedições.

Desidratação

Reduz umidade e limita o desenvolvimento microbiano. É uma alternativa acessível para frutas secas, vegetais e carnes.

Produzir mais gastando menos impulsiona nova indústria

Tecnologia amplia eficiência dos métodos de conservação

Avanços tecnológicos fortalecem o papel dos métodos de conservação na redução de perdas. Sistemas digitais monitoram temperatura e umidade, diminuindo riscos no armazenamento e no transporte. Já a inteligência artificial permite prever demanda, ajustar estoques e escolher o processo de preservação mais adequado para cada alimento.

Ferramentas como refrigeração controlada, embalagens ativas e sensores inteligentes tornam a cadeia mais precisa e evitam vencimentos antecipados.

O mercado mundial de tecnologia alimentar, avaliado em US$ 210,9 bilhões em 2024, deve atingir US$ 460 bilhões até 2034, com crescimento anual acima de 8,2%. Esse avanço reforça o potencial dos métodos de conservação como aliados na agenda climática e na redução do desperdício, tema que ganhou destaque durante a COP30.

Fonte: Capital News
Imagem: aleksandarlittlewolf / Freepik

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