Agenda por parte da liderança para inovação atrelada à capacidade dos demais setores em otimizar processos é defendida por conselheiro consultivo

O desenvolvimento de um produto deve ser pensado como um modelo de negócio e não ficar preso apenas à parte técnica. Este é o principal insight que pode ser transmitido à indústria de alimentos no âmbito da alta performance em Pesquisa, Desenvolvimento e Qualidade, de acordo com Ricardo Borgatti, sócio-fundador da Borgatti Consulting, CPO da Cogtive e conselheiro consultivo. Ele falou para players do setor durante a programação de conferências do NIS (Nutri Ingredients Summit), realizado no Transamérica Expo Center, em São Paulo (SP), nos dias 30 e 31 de maio.

A apresentação levada por Borgatti ao evento relaciona a alta performance à ideia de excelência. Entretanto, com um diferencial: a excelência inovativa, onde existe uma agenda por parte da liderança para inovação atrelada à capacidade dos demais setores em otimizar processos.

A explicação é que “não adianta inovar, criar um super produto, sem pensar no processo, no fluxo em larga escala de produção, nos quesitos de qualidade”. Ou seja, pesquisa e desenvolvimento refletem diretamente na produção.

Negócio enquanto case de sucesso

O conselheiro consultivo segue seu raciocínio com o apontamento de que a performance requer pensar no produto como um negócio para criar cases de sucesso, para envolver mais áreas e pessoas que vão além do grupo dedicado, no fim das contas, à criatividade da empresa.

Para oxigenar as ideias, encontros de aprendizagem a cada cerca de três meses, com a participação em workshops, são bem-vindos. “Não adianta só olhar no final de um projeto, tem que ser constante”, diz Borgatti.

Visão macro dos processos

O gerenciamento dos projetos de lançamento deve ser pautado por uma visão macro dos processos, sem ficar preso a etapas operacionais de forma individual, produto por produto, e se orientar pela meta que foi estipulada.

Além disso, ele também deixa uma lição pertinente para quando o rumo os sinais de alerta sobre possíveis insucessos tocam de forma recorrente. “P&D precisa aprender a se desapegar de projetos também. Independente do quanto já foi investido, faz parte do jogo”.