A Geração Z, formada por jovens nascidos a partir de meados da década de 1990, passou a associar alimentação saudável não apenas à saúde física, mas também ao bem-estar mental, segundo um estudo realizado na Europa. O levantamento, encomendado pelo Instituto Europeu para Inovação & Tecnologia (EIT) à empresa de pesquisas Opinium, aponta que a pandemia foi um marco nessa mudança de comportamento.

Jovens tendem a moderar consumo de álcool, diz pesquisa

Uma pesquisa revelou que 71% dos jovens entre 18 e 24 anos fazem esforço para manter uma alimentação saudável em casa, embora apenas 55% mantenham esse hábito ao comer fora. Além disso, 52% monitoraram o consumo de alimentos por meio de métodos como contagem de calorias ou análise de macronutrientes.

Apesar de considerarem os benefícios de uma dieta saudável, os jovens relatam dificuldades no acesso a alimentos saudáveis ​​devido ao custo elevado e à menor disponibilidade de opções práticas. Andy Zynga, CEO do EIT, afirma que os dados refletem a necessidade de mais orientações para que essa geração adote escolhas alimentares mais conscientes.

Impacto na indústria e nos desafios globais

A relação entre alimentação saudável e saúde mental ganha relevância frente aos desafios globais, como mudanças climáticas e obesidade, que estão diretamente ligadas à produção de alimentos. Segundo Victor Wanderley, CEO da Tial, é essencial que a indústria ofereça produtos acessíveis, sustentáveis ​​e nutritivos. Ele destaca que práticas inovadoras são cruciais para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030.

No Brasil, a tendência se confirma. Pesquisa da Euromonitor revelou que, em 2023, 33,3% dos jovens da Geração Z preferem alimentos 100% naturais. O mercado de alimentação saudável movimentou mais de R$ 100 bilhões em 2021, com projeção de crescimento de 27% até 2025.

Indústria brasileira em adaptação

Empresas de alimentos e bebidas têm se adaptado a essas demandas, reduzindo o uso de sódio, gordura saturada e açúcar adicionado. A Tial, por exemplo, ajustou sua linha de produtos para atender aos novos padrões da Anvisa, que exigem selos de alerta para nutrientes críticos à saúde.

“Nosso modelo de negócio busca democratizar o acesso a bebidas a segurança, unindo ciência e natureza para oferecer qualidade e preço competitivo, sem comprometer o sabor”, explica Wanderley.

Geração Z lidera tendência de saudabilidade

Os resultados do estudo do EIT mostram que as novas gerações esperam exatamente isso: alimentos que promovam a saúde, sejam acessíveis e mantenham o apelo sensorial.

Fonte: Isto é dinheiro
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