Leguminosas lideram como alternativas mais saudáveis à carne
Um estudo publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) avaliou diferentes alternativas à carne para identificar quais oferecem os maiores benefícios em saúde, impacto ambiental e custo. Liderada pelo Dr. Marco Springmann, do Instituto de Mudanças Ambientais da Universidade de Oxford e do Instituto de Saúde Global da University College London, a pesquisa reforça a importância de reduzir o consumo de carne e laticínios, especialmente em países de alta renda.
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Os resultados indicam que leguminosas como feijões e ervilhas são a melhor alternativa. Substituí-las por carne e laticínios poderia reduzir desequilíbrios nutricionais pela metade, diminuir a mortalidade por doenças relacionadas à dieta em 10% e cortar os impactos ambientais, como emissões e uso de água, em mais de 50%. Além disso, os custos seriam reduzidos em um terço.
O tempeh aparece como uma alternativa próxima às leguminosas devido ao seu processamento mínimo e alto valor nutricional. Produtos mais processados, como hambúrgueres vegetarianos e leites vegetais, também apresentam benefícios significativos para saúde e meio ambiente, mas são menos acessíveis e pontuam abaixo das leguminosas não processadas.
Por outro lado, a carne cultivada teve a classificação mais baixa entre as alternativas avaliadas. O estudo aponta que suas emissões podem ser comparáveis às da carne bovina convencional e seus custos significativamente maiores. Embora melhorias tecnológicas possam reduzir esses impactos, elas exigem avanços e investimentos substanciais.
De acordo com o Dr. Springmann, as conclusões indicam que alternativas à carne e laticínios já estão disponíveis e acessíveis, sem depender de tecnologias futuristas. Ele ressalta, no entanto, a necessidade de políticas públicas que incentivem dietas saudáveis e sustentáveis, beneficiando tanto a saúde quanto o planeta.
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As descobertas reforçam que a substituição de carne e laticínios pode ser uma estratégia eficaz para mitigar mudanças climáticas, preservar a biodiversidade e promover saúde global, com opções acessíveis já ao alcance da população.
Fonte: Vegconomist
Foto de Madara na Unsplash