Bandeja biodegradável usa resíduos de mandioca e araucária
Uma alternativa ao isopor, feita a partir de resíduos de mandioca e grimpa de araucária, foi desenvolvida por Lucas Tadao Sugahara Wernick, aluno do 9º ano do Colégio Bom Jesus Centro, em Curitiba. O projeto surgiu durante as aulas de Iniciação Científica, em 2024, após o estudante investigar o impacto ambiental causado pelo descarte de resíduos industriais.
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A bandeja criada por Lucas combina casca de mandioca com grimpa de araucária – galhos descartados da árvore símbolo do Paraná. A mistura é triturada, cozida e moldada, gerando um produto biodegradável que se decompõe em cerca de 30 dias. Em comparação, bandejas convencionais de isopor podem levar até 700 anos para desaparecer do meio ambiente.
A inspiração veio após visitas a indústrias processadoras de mandioca, onde o estudante observou o alto volume de resíduos gerados. Em uma das unidades, a moagem mensal de mandioca chega a 140 mil toneladas, resultando em aproximadamente 105 mil toneladas de resíduos, sendo 26 mil apenas de bagaço ou massa residual.
No início do projeto, Lucas utilizava cola para dar consistência ao material, mas, com o avanço das pesquisas, descobriu que a própria fécula da mandioca podia atuar como aglutinante, eliminando a necessidade de aditivos externos e tornando o processo mais sustentável.
O jovem já produziu mais de 30 unidades da bandeja e pretende expandir o uso do material. Em uma feira científica, Lucas recebeu uma bolsa de estudos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o que garantirá a continuidade das pesquisas. O próximo passo é explorar aplicações da mistura sustentável em placas de revestimento para arquitetura, decoração e design.
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A iniciativa destaca o potencial de soluções desenvolvidas ainda no ensino básico para enfrentar problemas ambientais complexos, promovendo inovação com base em recursos locais e reaproveitamento de resíduos.
Fonte: Brasil Amazônia Agora
Imagem: Reprodução
