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Governo cria grupo para debater proteínas alternativas

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) formou no mês de maio um grupo técnico de trabalho (GTT) para discutir avanços e propostas regulatórias para novos sistemas alimentares e ingredientes contemporâneos, incluindo proteínas alternativas. Esse passo visa promover a inovação no setor agropecuário e apoiar a transição para uma economia de baixo carbono.

A proposta será discutida na câmara temática de transformação digital do agro, alinhando-se ao novo marco regulatório em elaboração pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Mapa desde o ano passado. O GTT busca promover o alinhamento entre reguladores e regulados, integrando proteínas alternativas à agenda do agronegócio.

Paulo Silveira, coordenador do GTT e fundador do Food Tech Hub Latam, destacou que o maior objetivo é aproveitar a biodiversidade brasileira para abrir novos mercados, enfrentando desafios da cadeia de alimentos com novos ingredientes e proteínas alternativas. Essas proteínas, feitas à base de plantas, células cultivadas ou fermentação, criam produtos análogos aos de origem animal, como carne e laticínios.

Alysson Soares, especialista sênior do Good Food Institute (GFI), vê nas proteínas alternativas uma nova fonte de receita para produtores rurais, reforçando o protagonismo global do Brasil no setor. O GTT pretende formular uma política pública para novos sistemas alimentares, com avaliação prevista pelo ministro da Agricultura até outubro.

Segurança regulatória é essencial para fomentar o segmento de proteínas alternativas

A regulamentação clara é essencial para fomentar o segmento de proteínas alternativas. Hugo Caruso, do Mapa, mencionou a necessidade de regras bem definidas para garantir investimentos e informar melhor os consumidores. A Anvisa aprovou uma resolução em dezembro para disciplinar a segurança e autorização de novos alimentos e ingredientes, oferecendo diretrizes para a produção de proteínas alternativas.

Desenvolvimento sustentável

Um estudo do GFI Brasil e do Instituto de Desenvolvimento Sustentável mostra a sinergia entre proteínas alternativas e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). O estudo sugere que a indústria de proteínas alternativas pode contribuir para a redução do desperdício e a promoção de uma alimentação saudável. Luís Rangel, do Ministério da Agricultura, ressaltou que a indústria de ingredientes alternativos reduz a emissão de gases poluentes e reutiliza subprodutos, respondendo à crescente demanda por alimentos de forma sustentável.

O aumento previsto da população mundial para 9,7 bilhões em 2050 e a demanda 70% maior por alimentos tornam as proteínas alternativas uma solução viável para atender ao consumo crescente e aos objetivos de desenvolvimento sustentável do Brasil.

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ADM apoia pesquisa do GFI e revela o perfil dos consumidores de proteínas alternativas

Um estudo inédito desenvolvido pelo The Good Food Institute em parceria com 11 empresas do setor alimentos mapeia o consumo de proteínas alternativas vegetais no país. A ADM, empresa líder em nutrição no mundo, é uma das apoiadoras dessa pesquisa coordenada pelo GFI – Good Food Institute e realizada pelo IBOPE.

A empresa possui um amplo portfólio derivado de plantas, além de grãos, extratos botânicos, sabores e aromas para entregar soluções de alta performance e guiar o desenvolvimento desse mercado. Além disso, a ADM vem transformando os seus negócios no decorrer dos últimos anos, realizando diversas pesquisas e se aproximando cada vez mais dos consumidores finais para estabelecer posições de liderança junto às principais áreas de crescimento e o segmento de proteínas alternativas é um deles.

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Fonte: Jota
Foto de Ella Olsson na Unsplash

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Kely Gouveia

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