Kokomodo capta US$ 750 mil para produção de chocolate celular
A startup israelense Kokomodo captou US$ 750 mil para inovar na produção de cacau e chocolate por meio da agricultura celular. Com apoio da The Kitchen FoodTech Hub e da Autoridade de Inovação de Israel, a empresa busca combater os impactos ambientais da produção tradicional de cacau e garantir a sustentabilidade do chocolate, ameaçado pelas mudanças climáticas.
A empresa de Rehovot utilizará o investimento para escalar sua produção de cacau cultivado em células, direcionando-se às indústrias de alimentos, bebidas, suplementos e cosméticos.
O cacau produzido é derivado de células de grãos premium da América Central e do Sul. Após finalizar a produção em escala laboratorial, a Kokomodo pretende expandir para uma produção em escala piloto, aproximando-se da paridade de preço com o chocolate convencional.
Tal Govrin, cofundadora e CEO da Kokomodo, afirma que o próximo passo é aumentar a produção em biorreatores escaláveis, com a meta de alcançar a produção comercial em 18 a 24 meses. O financiamento também será utilizado para engajar clientes, diversificar a gama de produtos e realizar submissões regulatórias.
A joint venture entre a The Kitchen FoodTech Hub e a Plantae Bioscience, de Tel Aviv, surgiu com o objetivo de preservar o cacau, promover comércio justo e encurtar cadeias de suprimento. A indústria do cacau enfrenta desafios severos devido às mudanças climáticas, com estimativas de que um terço das árvores de cacau pode desaparecer até 2050. Eventos climáticos extremos têm arruinado colheitas, causando escassez e elevando os preços do cacau a níveis recordes.
A produção tradicional de cacau também é ambientalmente prejudicial. Além do impacto da pecuária bovina, a produção de chocolate amargo é uma das mais poluentes. A tecnologia de agricultura celular da Kokomodo visa oferecer uma alternativa sustentável, garantindo um fluxo constante de cacau premium.
A startup escolheu a América Latina para obter variedades premium de grãos de cacau. As células são cultivadas com tecnologia avançada de agricultura celular e processadas em biorreatores. Embora alcançar a paridade de preço com o cacau tradicional ainda seja um desafio, Govrin acredita que a escalabilidade da produção celular e as pressões econômicas e ambientais sobre a agricultura tradicional permitirão que o cacau cultivado em células seja competitivo.
A Kokomodo está direcionada a marcas premium que valorizam produtos sustentáveis e éticos. O primeiro produto será um cacau em pó de alto valor, seguido por manteiga de cacau. Os produtos serão aplicados em várias categorias de consumo, como chocolates, bebidas, pastas e barras de proteína.
Superar barreiras regulatórias é um desafio, mas Govrin vê os EUA como um mercado viável devido ao processo de autoafirmação GRAS (Generally Recognized as Safe), que é mais simples e rápido do que as regulamentações europeias.
A Kokomodo se junta a outras empresas que trabalham com chocolate cultivado em células, como Celleste Bio, California Cultured e Fazer, que exploram alternativas ao chocolate tradicional usando plantas e fermentação. A tecnologia de agricultura celular da Kokomodo representa um avanço significativo, garantindo a disponibilidade de cacau durante todo o ano e preservando a planta para futuras gerações.
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Empresas do setor de cacau e chocolates têm até o dia 9 de junho para se inscrever na Rodada de Negócios do Exporta Mais Brasil, promovida pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). O evento ocorrerá em Ilhéus (BA) nos dias 17 e 18 de julho, em paralelo ao Chocolat Festival. As inscrições podem ser feitas neste link.
Serão disponibilizadas 30 vagas para empresas de amêndoa de cacau e chocolates, de todas as maturidades exportadoras. Os participantes terão a oportunidade de se conectar com mais de 10 compradores internacionais, ampliando suas chances de expandir negócios.
A iniciativa conta com o apoio da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), Instituto Arapyaú, Federação de Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE).
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Fonte: veganbusiness.com.br
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