AAK inova com tecnologia substituta ao creme de leite
Produto foi lançado pela filial brasileira depois de avaliações e pesquisas e oferece mais competitividade na fabricação de itens como requeijão e sorvetes, preservando a experiência sensorial do consumidor.
Livre de colesterol, sem gorduras trans e uma opção mais acessível para ser usada por fabricantes no lugar do creme de leite. Esses são alguns dos atrativos da nova tecnologia da AAK, indústria multinacional de óleo e gorduras vegetais. Desenvolvido no Brasil, pela unidade situada em Jundiaí (SP), o AkoMilk DFS começou a ser comercializado recentemente e deve responder por um crescimento interno no segmento de lácteos quatro vezes superior à média, que gira em torno de 3.5% ao ano, segundo estimativas da companhia.
De acordo com Rodrigo Miyake, Líder de Time de Inovação ao Cliente na AAK para América do Sul, a inspiração para o produto veio de itens da companhia consagrados em outros países em que atua. No entanto, para o lançamento em solo brasileiro, foi necessário fazer adequações.
“Os ajustes foram feitos para atender à realidade do mercado brasileiro, que conta com suas particularidades e com preferências do consumidor em relação ao perfil sensorial, por exemplo, o desejo por itens que misturem sabor e boa textura.”
Rodrigo Miyake, Líder de Time de Inovação ao Cliente na AAK para América do Sul.
A análise de Miyake sobre o paladar do consumidor está alinhada ao que mostram pesquisas. Uma delas, da agência de inteligência de mercado Mintel, revela que no campo dos lácteos, em categorias consideradas indulgentes, os aspectos citados por ele são, de fato, alguns dos mais importantes. Além disso, no Brasil, também se come com os olhos: o visual entra na relação de características valorizadas na categoria. Entre os itens de indulgência, são exemplares bastante lembrados pelos consumidores sorvetes, queijos, iogurtes, doces e sobremesas derivadas de lácteos. Essas informações estão presentes no relatório Tracker Global COVID-19 Mintel – Brasil , apurado no período de 07 a 28 de junho de 2021.
A partir dessas análises e de um longo processo de pesquisa, foi o lançado o AkoMilk DFS, que pode ser incorporado a produções diversas como substituto vegetal do creme de leite, produto mais caro e de origem animal. Requeijão, sorvetes e bebidas são exemplos de receitas em que ele pode ser usado pela indústria fabricante de alimentos. É ainda uma opção que oferece vantagens como maior shelf life (validade) e facilidade de armazenamento – dispensa refrigeração, ao contrário do creme de leite. O produto da AAK também é menos suscetível às flutuações cambiais que impactam o mercado de commodities (em que entra o leite e seus derivados).
Um outro ponto é a questão relacionada ao espaço físico, explica Miyake. “O creme de leite comumente usado em produtos lácteos possui até 50% de umidade, o que se traduz em 50% do volume total da matéria-prima em água. A solução desenvolvida pela AAK possui máximo de 0,1% de umidade. Isso faz com que o espaço físico dedicado ao armazenamento seja muito menor”, esclarece.
Além disso, o insumo tem como principais características o sabor neutro e limpo, facilmente adaptado ao produto final, bem como boa cremosidade, derretimento e um perfil nutricional ajustável. Nesse caso, os níveis de saturação e de ômegas 3 e 6.
Segundo o profissional da AAK, o cliente, representado pelas indústrias do setor atendido com esse novo item, usufrui de economias diretas e indiretas, sem que a experiência do consumidor seja modificada. Sobre isso, Miyake afirma que “a métrica de sucesso da AAK está diretamente atrelada ao sucesso do produto final na prateleira dos supermercados”, por isso, manter a satisfação de todos os envolvidos foi fundamental no desenvolvimento do AkoMilk DFS.
A AAK chegou ao Brasil em 2016 e atende diferentes mercados de alimentação. No que tange ao segmento de lácteos, possui uma participação superior a 15% nas aplicações consideradas prioritárias para a empresa e que permitem o uso de gorduras vegetais. “O mercado tradicional de lácteos é, com certeza, um dos nossos focos de atuação”, afirma o gestor.
Sobre a AAK
Com 150 anos de história, a AAK possui ampla experiência na customização de soluções baseadas em óleos e gorduras para diversas aplicações. De origem Sueca, com sede em Malmö, a empresa tem capital aberto e é listada na bolsa de Estocolmo. Possui 20 plantas de processamento e 25 escritórios de vendas, que atendem mais de 100 países. Tem grande foco no desenvolvimento sustentável dos negócios, e o faz a partir do modelo de trabalho exclusivo chamado de co-development. A AAK inaugurou a primeira planta no Brasil em 2016, em Jundiaí, interior de SP, onde possui um centro de excelência técnica. É líder no mercado de gorduras vegetais especiais e semiespeciais para o mercado de alimentos, com presença de destaque nas indústrias de chocolate, nutrição especial, lácteos, panificação e plant-based.