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DNA dos alimentos: A receita de sucesso para sua marca

Se o DNA é a receita genética de todos os seres, é claro que os alimentos também o possuem. Mas não falaremos aqui sobre o DNA da biologia. Quer saber por que o DNA pode ser a receita de sucesso para sua marca? Então vamos lá.

DNA é, na verdade, uma molécula que agrupa diversos átomos chamados nucleotídeos, e essa combinação de nucleotídeos forma o material genético dos seres vivos, a “receita de bolo” para compor células, órgãos e tecidos, inclusive dos vegetais.  Com todos os estudos e avanços a respeito da genética, mais especificamente a epigenética, já se sabe que os nossos hábitos de vida, inclusive alimentação, podem melhorar ou piorar nosso código genético, ou seja, nosso DNA.  Porém, não é sobre os avanços da ciência que falaremos hoje, mas do fato de que assim como o DNA é a essência de um ser vivo, afinal, ele constrói o nosso corpo, o DNA dos alimentos/bebidas/suplementos é a essência de uma mercadoria.

São as características que precisam ser levadas em conta na hora de idealizar, desenvolver e comercializar um produto.

Significado da Sigla DNA dos alimentos

A sigla DNA dos alimentos foi pensada pelo time Equilibrium Latam de uma forma lúdica para que resumisse seus 3 aspectos fundamentais: D – Delicioso, N – Nutritivo, A – Acessível. Parece simples? Mas nem sempre aquilo que parece, é. Eu quero te explicar aqui conceitos em relação a cada um desses termos que, talvez, você ainda não tenha se dado conta.

D – DELICIOSO

Para um alimento ser considerado delicioso, ele precisa ter sabor.. Embora o olfato também contribua fortemente nesse processo, a percepção de sabor é principalmente função das papilas gustativas. Elas possuem receptores específicos para cada tipo de gosto, como doce, salgado, amargo, azedo e umami, que são interpretados pelo cérebro e resultam no sabor. Uma série de processos (e não apenas ingredientes) influenciam o sabor: tempo e forma de cocção, por exemplo, modificam aromas, texturas, resultando em gostos diferentes. Segundo a ciência, como é referido no livro Nutrição Comportamental, e também por conta de inúmeros dados de pesquisa, sabemos que o sabor é um dos principais determinantes da escolha dos alimentos. Não importa o nicho, inclusive dentro de grupos mais restritos, como esportistas e vegetarianos, o sabor dos produtos continua sendo um dos principais drivers de escolha pelos consumidores. De acordo com estudo “A mesa dos Brasileiros 2017”, na hora da compra, o sabor só perde do quesito confiança na marca, mas ainda ganha de preço.

1. Como lidar com o Sabor de forma correta

Por isso, aqui vão algumas dicas para lidar com esse fator com seriedade, como o assunto exige: Não abra mão da análise sensorial feita de forma correta. A análise sensorial é usada para identificar e interpretar as reações produzidas pelas características dos alimentos e materiais, e como elas são percebidas pelos nossos sentidos (visão, olfato, gosto, tato e audição). Se o sabor é o fator de decisão de compra, a indústria precisa olhar de forma mais estratégica para a qualidade sensorial de seus produtos. Existem diversos métodos para medir este parâmetro, desde os mais simples aos mais sofisticados. Procure pessoas capacitadas que possam te ajudar com essa estruturação. Tome cuidado nesta operação com a armadilha da redução de custos, você pode achar, talvez, que não sejam necessários tantos testes ou até mesmo menosprezar um resultado de prova sensorial em detrimento de uma troca de ingrediente, visando à redução de custos. Mas isso pode custar bem mais caro um pouco mais à frente.

2. O gosto não vem só das características do alimento

Engana-se quem pensa que a qualidade sensorial tem relação apenas com as características do alimento. Mais do que isso, ela é o resultado da interação entre o alimento e o indivíduo, é uma junção de características psicológicas, sociológicas e fisiológicas, e é por isso que um sabor nunca vai agradar a TODO MUNDO. Com os avanços da tecnologia, hoje já existem diversos métodos para avaliar e medir a qualidade sensorial dos alimentos, como, por exemplo, a língua eletrônica, que usa inteligência artificial com receptores super sensíveis para imitar as papilas gustativas humanas. Mas, mesmo com tecnologias avançadas, nada substitui o teste de aceitação com participação humana, sejam eles provadores treinados ou o consumidor final, pois o sabor da comida desperta emoções, e apenas o ser humano tem a capacidade de senti-las.

N – NUTRITIVO

Um alimento nutritivo é aquele que tem o poder de nutrir, de fornecer nutrientes para que o corpo humano possa realizar suas funções vitais.

Se olharmos por uma perspectiva simplista, quase todo alimento é nutritivo, por exemplo: até um lanche de fast food nutre o corpo de alguma forma, não é completo e equilibrado, mas fornece calorias e alguns poucos nutrientes que auxiliam na sobrevivência do organismo de quem está ingerindo. Já em uma interpretação mais ponderada, para um alimento ser considerado nutritivo, ele precisa ter densidade nutricional, ou seja, precisa de uma boa relação entre nutrientes e calorias.

Com a tendência da saudabilidade cada vez mais presente no mercado brasileiro, fica claro que os consumidores estão à procura de produtos que sejam benéficos para a saúde. Entretanto, não basta acrescentar vitaminas e minerais em algo cheio de açúcar. Veja o que faz mais sentido hoje em dia quando falamos de um alimento nutritivo:

1. Naturalmente Nutritivo:

Somando o conceito de naturalidade ao movimento da indústria de inovar em alimentos integrais e In Natura, não se aceita mais apenas adicionar vitaminas em um produto com baixa densidade nutricional para denominá-lo como nutritivo. Outra questão importante, que anda lado a lado com a naturalidade, é a sustentabilidade: precisa ser natural para fazer bem para mim e para o mundo.

2. Nutritivo para quê?

Pudemos observar, até mesmo por conta da pandemia, um grande avanço desse mercado. A preocupação com a imunidade, por exemplo, movimentou não apenas o mercado de suplementos: 34% dos consumidores passaram a comprar mais alimentos e bebidas com ingredientes adicionados para este fim, segundo a Mintel 2020.

3. Case de alimento Indulgente e Nutritivo:

Isso pode envolver todas as categorias de alimentos. Não acredite que alimentos indulgentes, por exemplo, não precisem ser nutritivos. Veja este case de um bolinho recheado da Inglaterra: Com óleo de coco, amêndoas e livre de açúcar refinado. Tudo isso sem deixar de ser um “baita doce indulgente”.

Com a pandemia, as pessoas passaram a comer mais alimentos que trazem algum prazer por compensação. 90% dos americanos começaram a consumir mais comfort foods. Aqui no Brasil, a busca por receitas de alimentos indulgentes, como cookies, cresceu mais de 150%. Se não começarmos a olhar para a indulgência como algo que precisa ser mais nutritivo, perderemos oportunidades de mercado junto ao consumidor que busca as duas coisas.

A – ACESSÍVEL

Para um produto ser acessível ele precisa ser uma via de mão dupla: viável para as indústrias e o consumidor.

1. Acessível no sentido de chegar até os consumidores:

As indústrias e empresas encontram grandes desafios na logística da produção, desde a chegada de matéria-prima, confecção e distribuição. E, em um país continental como o Brasil, as dificuldades se tornam ainda maiores. Trata-se de uma logística de entrega, abastecimento e distribuidores que agora está presente, até mesmo, no “One to One”. É o caso das empresas que começam a apostar cada vez mais em serviços de e-commerce próprios, nos quais, a entrega do produto no prazo é fundamental para a confiabilidade da operação. E, ao mesmo tempo que precisamos estar atentos ao “o que” fazer, o “como” fazemos é igualmente importante. Otimizar a cadeia de produção e a logística para minimizar, ao máximo, os impactos negativos ao meio ambiente, significa pensar nas próximas gerações, além de agregar valor ao seu produto.

2. Acessível para quem?

Falando de preço mesmo, o seu produto é acessível para qual público? Você o conhece? A maioria das marcas busca ter produtos com maior valor agregado em seu portfólio, que não sejam comparáveis e não tenham sua decisão de compra apenas por preço, como é o caso das commodities. Mas, pensar em ter um produto com preço menor que a média de mercado pode beneficiar mais pessoas. Se você tiver como missão levar produtos deliciosos e nutritivos ao maior número de pessoas possível, o valor do seu produto, custo e margem precisam ser bem pensados, pois esse posicionamento reflete completamente no DNA da sua marca.

Concluindo… o DNA dos Alimentos

Delicioso, Nutritivo e Acessível… O que mais poderíamos esperar de um produto? E, metaforicamente, o DNA dos alimentos aqui falado, é tão fundamental quanto aquele da biologia. O alimento tem enorme poder para o nosso corpo. Para além da nutrição, nossa relação com ele conecta-se com emoções e desejos e, por isso, é tão complexa. Essa é a razão pela qual, nós do BHB, te convidamos a refletir a respeito do seu portfólio: qual nota você daria para cada item do D.N.A do seu produto/marca? Tenho certeza de que em algum ponto ele pode melhorar. Então, por que não começar o ano com novas metas para o DNA?

BHB TEAM

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O BHB Food compartilha os temas mais atuais e relevantes sobre marketing, saúde e nutrição são apresentados por players renomados e engajados no mercado, disseminando conceitos e ideias inovadoras na construção de marcas saudáveis.

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