Qual o impacto das cores na decisão de compra? Essa foi a pergunta que Paulo Rogério Silva, gerente de Aplicações e Assuntos Regulatórios da Oterra, empresa de biotecnologia focada em soluções naturais, buscou responder em sua apresentação.  

Segundo Silva, o universo das cores na alimentação mexe com as emoções. Nesse mundo, uma boa correlação entre sabor e cor ajuda o consumidor a identificar melhor o produto na gôndola. “Pesquisas mostram que o uso da cor diminui de 800 para 200 milissegundos o reconhecimento de um produto. A cor ajuda na construção do sabor, podendo deixar o produto mais bonito e a experiência de compra mais prazerosa.” 

Além da cor, a decisão de compra é influenciada também pela educação do consumidor. Carol Godoy, head de Digital e Aducation na Equilibrium Latam, comentou que uma pesquisa do Google identificou que cerca de 90% das  pessoas que acessam os canais de YouTube estão em busca de aprendizado. “Isso deixa claro que a marca deve ter o papel de ensinar, de gerar conhecimento.” Daí veio o termo “aducation”, uma nova maneira de se comunicar com o público-alvo que une publicidade e educação.  

Carol destacou algumas empresas que já pautam suas ações por esse novo conceito, como a XP Investimentos, que oferece educação financeira; e a Nestlé, com a criação da plataforma Baby&Me, que auxilia as mulheres na jornada da maternidade, desde a concepção até a idade pré-escolar das crianças. Outro exemplo é a parceria da Equilibrium com a Campo Verde, para levar conteúdo informativo e de qualidade aos nutricionistas. 

Carol recebeu no palco o CEO da Puravida, Adrian Franciscono, que tem na educação do consumidor a maior vocação da empresa. “Nós queremos educar as pessoas para que elas possam fazer escolhas mais adequadas à sua saúde, estabeleçam rotinas e rituais com o objetivo de se cuidarem melhor.” Segundo ele, por meio da educação do consumidor é que se se constrói a confiança na marca.  

Para Franciscono, a geração de negócio em uma empresa está atrelada ao seu potencial de entregar propósito. “Mas é preciso ter vontade genuína de gerar conhecimento, o que deve ser feito de um jeito simples para que a pessoa entenda e crie confiança na marca. É a partir desse ponto que passa a existir uma abertura para um primeiro contato.” 

Para finalizar sua apresentação, Franscicono destacou que não se trata apenas de gerar conteúdo, criar produtos, falar de funcionalidade, origem e sustentabilidade. “Estamos falando de como abrir um diálogo com o cliente e sobre a percepção que ele tem da empresa.” 

Fechando o bloco da manhã do BHB Food Festival, a comunicação nas redes sociais não poderia ficar de fora. Lucas Longo, Business Development Manager, e Ana Luísa Machado, Account Manager Accelerated, ambos do TikTok, falaram sobre o potencial de uso da plataforma para se aproximar e conquistar clientes. 

Para Longo, o TikTok ajuda as empresas a se expressarem abertamente com o seu público. Na área da alimentação, Ana Luísa citou como exemplo a comunidade #foodtok, com mais de 202 bilhões de visualizações. “Trata-se de um espaço que traz várias oportunidades de negócios, pois existe uma infinidade de pautas na plataforma quando falamos em bebidas e comidas.” 

O eixo fitness também traz números grandiosos. Nos últimos 12 meses, disse Ana Luísa, a plataforma contabilizou mais de 112 bilhões de visualizações em subnichos ligados ao tema fitness, como exercícios, saúde mental e alimentação. 

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