Café de açaí: inovação brasileira conquista o exterior
Valda Gonçalves, empreendedora de Macapá, transformou um subproduto descartado do açaí em uma bebida inovadora semelhante ao café, agora exportada para os Estados Unidos e Alemanha. A ideia surgiu em 2011, quando Valda, então despolpadora de açaí, percebeu o desperdício na cadeia produtiva e decidiu transformar os caroços inutilizados em um produto valioso. Hoje, a meta da sua empresa, o Engenho Café de Açaí, está faturando R$ 1 milhão em 2024.
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O processo de produção do café de açaí envolve várias etapas que garantem qualidade e sabor. Após serem lavados, os caroços passam por desidratação, retirada de fibras, torrefação, moagem e embalagem. “O cuidado em cada etapa é essencial para oferecer um produto de excelência”, destaca Valda.
Mesmo sem experiência no setor de cafés, Valda buscou capacitação por meio de pesquisas, vídeos e apoio do Sebrae. Após anos de desenvolvimento, conseguimos consolidar o processo em 2020, ajustando o produto até alcançar o sabor desejado.
Criatividade no marketing e crescimento no mercado
Para promover uma bebida, Valda apostou no boca a boca. Em 2016, enquanto trabalhava como motorista de aplicativo, oferecia amostras de café de açaí aos passageiros. A estratégia gerou curiosidade e visibilidade, rendendo à empreendedora o apelido de “a mulher do café de açaí”. Com o apoio do marido, que vendeu uma fabricação para investir no negócio, a produção cresceu.
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Atualmente, uma empresa que emprega nove pessoas, produz cerca de 10 toneladas mensais e atende tanto o mercado brasileiro quanto o internacional. A expansão para os mercados da Alemanha e dos Estados Unidos reforça o potencial de inovação e sustentabilidade do produto. “Transformamos o que era descartado em algo valioso e que agora conquista o mundo”, celebra Valda.
Fonte: Exame
Imagem: Reprodução