O mercado nacional de lácteos está passando por uma “mudança de cenário” após uma alta significativa nos preços nos últimos dois meses, de acordo com o boletim de preços de junho do Centro de Inteligência do Leite da Embrapa.

Os pesquisadores destacam que em maio houve uma forte elevação nas cotações devido às enchentes no Rio Grande do Sul, menor importação, entressafra e demanda firme. Em junho, no entanto, a situação se inverteu com uma demanda mais fraca e um aumento nas importações.

Para julho, os preços de referência pagos ao produtor de leite captado em junho, calculados pelos Conselhos Paritários de Produtores e Indústrias de Leite (Conseleite), apontaram alta em todos os estados. No Rio Grande do Sul, houve um aumento de 3,3%, em Minas Gerais de 2,5%, e no Paraná a maior valorização, com 7,1%.

A Embrapa explica que, após altas consecutivas desde janeiro de 2024, o mercado perdeu força na segunda quinzena de junho. Embora os preços médios de junho ainda estejam acima dos de maio, o cenário mudou.

No varejo, os pesquisadores observam que os repasses de preços ao consumidor continuam, com redes de supermercados buscando melhores margens. Em junho, o preço médio do leite longa-vida (UHT) no atacado paulista aumentou 3,7% em relação ao mesmo período do ano passado e 3,3% em comparação a maio.

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Embrapa lança proteínas vegetais de lentilha e grão-de-bico

A Embrapa Agroindústria de Alimentos, localizada no Rio de Janeiro, apresentou dois novos concentrados de proteínas vegetais: um de lentilha e outro de grão-de-bico. Esses lançamentos visam diversificar os ingredientes utilizados em formulações plant-based, seguindo o modelo do concentrado de feijão-carioca.

Os novos produtos destacam-se pelos altos teores de proteína: o concentrado de lentilha possui 80 gramas de proteína por 100 gramas de produto, enquanto o de grão-de-bico oferece 73 gramas de proteína na mesma proporção.

O sucesso do concentrado de feijão-carioca, lançado em 2023 com 80% de proteína, já é reconhecido por diversas empresas brasileiras do setor de ingredientes.

Janice Lima, pesquisadora da Embrapa, destaca que as matérias-primas utilizadas apresentam um teor razoável de proteínas, entre 20% e 30%. “Entre as pulses, o concentrado proteico de ervilha já é conhecido do mercado, enquanto outras leguminosas, como grão-de-bico e lentilha, estão ganhando força pela versatilidade de produção”, afirma.

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Fonte: https://globorural.globo.com/
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