Mercado proteico cresce e diversifica além de barras e shakes
O mercado de proteínas, amplamente reconhecido por sua relevância nutricional, está em expansão para além das tradicionais barrinhas e shakes, impulsionado pela busca por praticidade e bem-estar. Segundo Cléber Brandão, especialista em varejo, a categoria ainda tem amplo espaço para crescimento, com margens de lucro atraentes e oportunidades tanto para fabricantes quanto para lojistas.
Speedo estreia em alimentos saudáveis com barra de proteína
A Mondor Intelligence prevê que o mercado global de bebidas proteicas cresça 7,72% até 2027, enquanto as barras de proteína devem aumentar 26% entre 2022 e 2026, segundo a Euromonitor. Essas projeções refletem um mercado em ascensão, que movimentou cerca de R$ 100 bilhões em 2023, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentos (ABIA).
Evolução e diversificação de produtos
Marcas como Bold e Speedo têm se destacado nesse segmento. Fundada em 2018, a Bold apostou em barrinhas com 20 gramas de proteína e embalagens atrativas, expandindo sua presença no mercado com previsão de faturamento de R$ 500 milhões até 2027. Já a Speedo, conhecida por produtos para natação, diversificou para alimentos saudáveis e projeta faturar R$ 3,2 milhões em 2025 com suas barras de proteína, que possuem 137 calorias e 12 gramas de proteína.
Parcerias estratégicas também têm impulsionado a categoria. A Havanna, em colaboração com a Danone, lançou o YoPro Doce de Leite Havanna, enquanto a Hershey’s fechou acordo com a C4 Energy para criar produtos proteicos combinando indulgência e funcionalidade.
Proteínas vegetais e plant-based em alta
O mercado de proteínas vegetais também segue em forte crescimento. Com o aumento de vegetarianos e veganos no Brasil, que já representam 14% da população, os produtos plant-based ganham destaque. Dados do The Good Food Institute Brasil (GFI) mostram que o segmento cresce mais de 7% ao ano, com previsão de expansão média anual de quase 12% até 2027. Em 2020, o setor movimentou R$ 3,1 bilhões no Brasil.
A adoção de proteínas vegetais reflete mudanças nos hábitos alimentares e avanços tecnológicos que permitem alternativas sustentáveis e nutritivas. Segundo Brandão, o plant-based está se consolidando como uma das principais tendências, especialmente com o apoio de influenciadores e investimentos em tecnologia de alimentos.
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Futuro do mercado proteico
O segmento continua a atrair consumidores de diferentes perfis, impulsionado por uma maior conscientização sobre saúde e sustentabilidade. Estudos da NielsenIQ mostram que 59% dos consumidores estão dispostos a gastar mais com produtos que melhoram a saúde, reforçando a relevância da categoria. Além disso, o envelhecimento da população e o aumento da prática de atividades físicas são fatores que devem fortalecer ainda mais o mercado proteico nos próximos anos.
Fonte: Diário do Comércio
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