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Keurig desafia Nestlé na liderança global do café

O mercado global de café vive uma de suas maiores ondas de consolidação. A mais recente movimentação é a compra da holandesa JDE Peet’s pela norte-americana Keurig Dr Pepper (KDP), por 15,7 bilhões de euros (US$ 18 bilhões). A operação, considerada a maior aquisição da Europa em mais de dois anos, posiciona a KDP para rivalizar diretamente com a Nestlé, líder mundial do setor.

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A estratégia da KDP é separar o negócio de bebidas do de café, criando duas companhias listadas em bolsa. A nova empresa de café reunirá marcas como Keurig, Jacobs, L’OR e Peet’s, somando cerca de US$ 16 bilhões em vendas anuais em mais de 100 países. Ainda assim, a Nestlé permanece à frente, com um portfólio diversificado que inclui alimentos, nutrição, águas e cafés.

Quem são as gigantes do café

Além da Nestlé e da KDP fortalecida pela aquisição, outras multinacionais disputam espaço no setor. Entre elas estão Starbucks, The J.M. Smucker Company, Lavazza Group, Tata Coffee, Strauss Coffee, Massimo Zanetti Beverage Group, Melitta Group, Tchibo GmbH, Luckin Coffee e Caribou Coffee.

A Coca-Cola também figura entre as grandes, desde a compra da rede britânica Costa Coffee, em 2018, por cerca de US$ 5 bilhões. No entanto, a companhia avalia opções estratégicas para o negócio, incluindo uma possível venda.

O peso do café para a KDP

Nos Estados Unidos, o café já representa 26% da receita da KDP, equivalente a US$ 4 bilhões anuais. Com a compra da JDE Peet’s, essa participação se amplia, transformando a empresa de uma gigante de bebidas diversificadas em uma força dominante no café global.

O movimento, porém, vem acompanhado de riscos. A KDP assumirá US$ 18 bilhões em dívidas com a aquisição, elevando sua alavancagem para níveis acima da média do S&P 500. Analistas alertam que os custos de integração e a exposição cambial na Europa podem pressionar os resultados nos próximos anos.

Um mercado em expansão

Segundo a Mordor Intelligence, o setor de café deve atingir US$ 174,25 bilhões até 2030, crescendo a uma taxa média anual de 4,72%. Já a Strait Research projeta avanço para US$ 156,8 bilhões até 2033, em ritmo um pouco mais acelerado.

A demanda crescente por cafés premium, opções prontas para beber e padrões mais rígidos de sustentabilidade estão entre os principais motores desse crescimento.

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Fusões e aquisições aceleram

Nos últimos anos, grandes empresas movimentaram o setor:

  • A Nestlé adquiriu a Seattle’s Best Coffee da Starbucks em 2025.
  • A Lavazza investiu em joint venture com a Yum China, comprou a MaxiCoffee e lançou oferta pela IVS Group.
  • A Luckin Coffee retomou sua expansão na China após reestruturação.
  • A Tata Coffee reforçou investimentos em plantações orgânicas.
  • A Caribou Coffee ampliou parcerias em canais de conveniência.

Mesmo redes menores seguem a tendência. Na Austrália, a Retail Food Group comprou a CIBO Espresso, enquanto no Reino Unido o Nero Group adquiriu a 200 Degrees e a FCB Coffee.

Fonte:  Forbes
Foto de Pawel Czerwinski na Unsplash

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