Com o café sendo uma paixão nacional, consumido por 97% da população, a indústria do café torrado se encontra diante de novos desafios. Julho de 2024 é o prazo para as empresas do setor se adequar à portaria do Ministério da Agricultura e Pecuária, que impõe mudanças nas embalagens do café torrado.

A norma, em vigor desde janeiro de 2023, visa garantir a qualidade do produto entregue aos consumidores. As novas embalagens fornecerão informações importantes, incluindo o tipo de café, o ponto de torra e os padrões mínimos de cafeína, quando descafeinado, além da nota de qualidade global da análise sensorial.

Segundo a diretora do Instituto de Embalagens, Assunta Napolitano Camilo, as alterações são fundamentais para orientar os consumidores, fornecendo transparência sobre origem, qualidade e características nutricionais do café. Essa transparência é crucial em um cenário onde os consumidores estão cada vez mais preocupados com a procedência e sustentabilidade dos produtos que consomem.

Além de cumprir os requisitos regulatórios, as empresas são incentivadas a investir em rotulagem transparente e informativa, fornecendo detalhes sobre os produtos que vão além dos requisitos mínimos. A nova rotulagem das embalagens oferece uma oportunidade para destacar a origem do café, incluindo informações sobre a região de cultivo e as histórias por trás da produção.

A medida também visa coibir a venda de produtos adulterados, responsabilizando tanto os produtores quanto o varejo. Assim, os consumidores são encorajados a examinar cuidadosamente as embalagens em busca de sinais de autenticidade.

Para o Instituto de Embalagens, fundado em 2005, a missão é levar conhecimento para a indústria de bens de consumo e embalagens, promovendo avanços e crescimento. Com mais de 18 mil profissionais participando de cursos, eventos e publicações técnicas, a entidade acredita que embalagens melhores promovem um mundo melhor.

Você também pode gostar disso:

Indústria de bebidas inova e busca sustentabilidade na embalagem

A Aldi recentemente lançou vinho em garrafas feitas com 94% de cartão reciclado, seguindo a decisão pioneira da Absolut Vodka de comercializar garrafas de papel em junho de 2023. Segundo a GlobalData, a sustentabilidade, economia e interrupções no fornecimento de vidro impulsionaram essa mudança na indústria de bebidas. Neralla Rama Ravi Teja, analista de consumo da GlobalData, destaca que “a sustentabilidade tornou-se uma preocupação importante tanto para fabricantes como para consumidores”. As garrafas de papel da Frugalpac têm uma pegada de carbono cerca de seis vezes menor que as tradicionais de vidro.

A crise no fornecimento de vidro, exacerbada pela crise Rússia-Ucrânia, tem levado fabricantes de bebidas a buscar alternativas mais leves. O aumento nos preços dos combustíveis e perturbações na cadeia de abastecimento intensificaram a necessidade de reduzir o peso das embalagens para diminuir o consumo durante o transporte.

Clique aqui e confira o conteúdo completo.

Fonte:  revistadeagronegocios.com.br