Adoçante proteico da Oobli recebe certificação GRAS

O adoçante proteico desenvolvido pela Oobli acaba de receber a certificação GRAS, tornando-se o primeiro ingrediente dessa categoria aprovado para uso comercial.
A empresa, sediada na Califórnia, aposta no avanço como resposta ao consumo excessivo de açúcar, tema central para fabricantes de alimentos e bebidas diante de metas de reformulação e pressões regulatórias.
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Um adoçante proteico para enfrentar o excesso de açúcar
O novo adoçante proteico é produzido por fermentação e formulado para substituir o açúcar sem provocar picos glicêmicos. Diferentemente dos adoçantes convencionais, baseados em carboidratos, o ingrediente é uma proteína doce — classe que vem ganhando atenção por combinar perfil sensorial semelhante ao açúcar com impacto metabólico reduzido.
Segundo o cofundador e CTO da Oobli, Jason Ryder, a inovação abre caminho para aplicações industriais mais amplas. Para ele, a tecnologia baseada em proteínas doces pode contribuir para diminuir riscos associados ao consumo elevado de açúcar, como obesidade e diabetes, temas cada vez mais relevantes no debate global de saúde pública.
Processo fermentativo e dulçor até 1.000 vezes maior
O adoçante proteico da Oobli é inspirado em proteínas encontradas em frutas e bagas e obtido por um processo que une fermentação tradicional e bioengenharia. O resultado é um ingrediente que o organismo metaboliza como proteína — e não como carboidrato.
O dulçor pode chegar a 1.000 vezes o do açúcar, o que permite cortes expressivos no teor final de sacarose nas formulações, preservando o perfil sensorial buscado pelas indústrias.
Potencial ambiental para a cadeia de açúcar
Além dos benefícios metabólicos, a Oobli aponta impactos ambientais relevantes caso o adoçante proteico avance no mercado. A substituição de apenas 1% do consumo global de açúcar poderia, segundo a empresa, poupar 525 mil acres de terras agrícolas, reduzir um milhão de toneladas métricas de CO₂ e economizar 88 milhões de galões de água.
Estudo da Ingredion aponta preferência por adoçantes naturais
Parcerias industriais aceleram a adoção
A novidade já atraiu grandes players. A Oobli firmou colaborações com a Ingredion, referência global em ingredientes, e com a Bimbo, maior panificadora do mundo. Para Nate Yates, vice-presidente da Ingredion, a tecnologia de proteínas doces representa um passo importante para apoiar a redução de açúcar em diversas categorias, alinhada às demandas de saúde e reformulação.
Fonte: Vegconomist
Imagem: Reprodução




