União Europeia aprova inclusão de proteína de insetos
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A União Europeia aprovou o uso do Tenebrio molitor – conhecido como verme-da-farinha – em produtos alimentícios, permitindo a inclusão de proteína de insetos em pães, massas e snacks. A decisão, motivada pela busca por alternativas sustentáveis, coloca a proteína de insetos como uma opção para reduzir o impacto ambiental da produção alimentar.
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Essa medida reflete a necessidade global de fontes proteicas que exijam menos água e ocupem menos espaço, sem abrir mão do valor nutricional. Embora a ideia de consumir alimentos com proteína de insetos ainda gere resistência, o mercado internacional já caminha para a adoção dessa tecnologia.
Para a agroindústria brasileira, o cenário representa uma oportunidade de diversificação. Tradicionalmente voltado à exportação de soja, milho e carnes, o país pode expandir seu portfólio com produtos de alto valor agregado, atendendo à demanda de mercados europeus e asiáticos. Startups já investem na produção de proteína de insetos para alimentação animal, sinalizando um caminho para o desenvolvimento de produtos destinados ao consumo humano.
A transformação do mercado depende tanto da inovação dos produtores quanto da aceitação dos consumidores. Ingredientes derivados de insetos já fazem parte de produtos como corantes e gelatinas, evidenciando que a mudança está em curso. Agora, a agroindústria precisa decidir se acompanhará essa tendência e se posicionará como referência em sustentabilidade e inovação.
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Para especialistas da área, o momento é oportuno para que o Brasil se reinvente e amplie sua relevância no mercado global.
Fonte: Food Connection
Imagem: Reprodução