Coprodutos de frutas e vegetais ganham espaço em lácteos

O uso de coprodutos de frutas e vegetais em bebidas lácteas tem ganhado relevância na indústria, combinando inovação, sustentabilidade e valor nutricional. Cascas, sementes, talos e folhas que antes eram descartados agora se tornam ingredientes para iogurtes, kefir, achocolatados e outras bebidas à base de leite.
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Esses coprodutos são fontes de fibras, minerais, compostos antioxidantes e pigmentos naturais, fatores que enriquecem os produtos sem comprometer o sabor. Além de aumentar a densidade nutricional, contribuem para reduzir desperdícios da cadeia agroindustrial, aspecto cada vez mais valorizado por consumidores atentos à sustentabilidade.
Do ponto de vista tecnológico, as fibras presentes nos coprodutos de frutas e vegetais auxiliam na retenção de água e evitam a separação de fases, o que melhora a textura das bebidas sem necessidade de aditivos artificiais. Pigmentos naturais também oferecem cor, atendendo à crescente demanda por rótulos limpos.
Estudos recentes mostram aplicações práticas. O bagaço de uva, por exemplo, aumenta a consistência e realça a cor das bebidas lácteas. O pó de bagaço de maçã melhora firmeza e elasticidade em iogurtes, enquanto o extrato da casca de romã adiciona antioxidantes e favorece a textura. Já a microencapsulação de compostos fenólicos do bagaço de uva em iogurtes gregos amplia a estabilidade e potencial funcional do produto.
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A incorporação de coprodutos de frutas e vegetais em bebidas lácteas representa, portanto, uma estratégia eficaz para alinhar nutrição, inovação e sustentabilidade. O movimento reflete a busca do setor por soluções que unam qualidade sensorial e compromisso ambiental, ampliando as possibilidades para o desenvolvimento de produtos funcionais.
Fonte: MilkPoint
Foto de Shayna Douglas na Unsplash




