No Brasil, foodservice cresce 55% no 1º semestre de 2024
O setor de foodservice brasileiro registrou um aumento de 55% no faturamento durante o primeiro semestre de 2024 em comparação ao mesmo período de 2023, segundo a pesquisa “Alimentação Hoje: a visão dos operadores de foodservice”. Conduzido pela ANR (Associação Nacional de Restaurantes), Abia (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos) e Galunion, o levantamento reflete sinais de recuperação, mas aponta desafios significativos, como inflação e escassez de mão de obra qualificada.
Pesquisa revela resiliência do segmento de foodservice
Com dados de 453 marcas que operam mais de 7.400 pontos de venda, a pesquisa revela que 86% dos estabelecimentos alcançaram lucratividade. A maior parte desse grupo (74%) é composta por operadores independentes com até três lojas. Redes e franquias representam 13% do setor analisado.
O delivery mantém papel estratégico, representando até 40% do faturamento para 25% dos operadores. Ainda assim, 11% das empresas não oferecem essa modalidade, indicando oportunidades de expansão.
Sustentabilidade e inovação como diferenciais
A sustentabilidade se destaca como prioridade: 91% das empresas controlam o desperdício, 86% promovem o consumo consciente e 73% utilizam embalagens ecológicas. Além disso, 77% dos operadores apostam na inovação de cardápios, enquanto 71% investem em pratos clássicos e populares para atrair clientes.
Projeções para 2024
O setor de foodservice deve crescer entre 4% e 5% até o final do ano, com vendas previstas de R$ 257,7 bilhões, representando um aumento de 9,7% em relação a 2023. “Investir em inovação e fortalecer parcerias será crucial para atender às demandas dos consumidores e aproveitar as oportunidades do mercado”, afirma João Dornellas, presidente da Abia.
SP lidera foodservice no Brasil com 419 mil pontos ativos
Apesar do otimismo, o relatório alerta para uma possível superprodução nos próximos anos, o que pode resultar em excesso de estoques e redução de preços. Estratégias que conciliem eficiência operacional e inovação serão determinantes para o sucesso futuro do setor.
Fonte: O Livre
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