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No Brasil, startup cria carvão feito com açaí

Há séculos, povos ameríndios descobriram que queimando folhagens, caroços de frutas e outros resíduos, o solo tornava-se mais fértil, assemelhando-se à rica terra preta de índio, abundante na Amazônia. Uma rede de pesquisadores e agrônomos do Norte do país tem testado diferentes adubos para reproduzir essa fertilidade, visando garantir a oferta de nutrientes às plantas e reduzir os gastos dos produtores.

O caroço do açaí surgiu como uma solução nesse contexto. Antes considerado resíduo, o material atraiu a atenção por sua capacidade de reduzir significativamente o uso de fertilizantes químicos em lavouras de hortaliças e cereais, ao transformar-se em um carvão orgânico conhecido como “biochar”.

Produto nativo, o biochar de açaí tem atraído produtores rurais por seu potencial de condicionar o solo, sequestrar gases de efeito estufa e melhorar a absorção de nutrientes, especialmente na Amazônia, onde o solo degrada-se rapidamente.

“O solo da Amazônia se degrada com muita rapidez, e o biochar ajuda a recuperá-lo”, afirma Wesley Resplande, agrônomo e produtor. Devido à lixiviação, a perda de fertilizantes químicos na região pode chegar a 90%, e o biochar reduz esse efeito.

Resplande, morador de Macapá, transformou o acúmulo de caroço de açaí em uma alternativa de renda durante a pandemia, fundando a Amazon BioFert. A empresa produz biochar de açaí, contribuindo para aumentar o volume de microrganismos no solo e liberar fertilizantes de forma lenta e eficiente.

O biochar é produzido por meio da pirólise, um processo de combustão controlada que transforma os caroços em carvão. A Amazon BioFert, primeira biofábrica brasileira desse tipo, recebeu financiamento para expandir sua produção e pesquisa.

Estudos indicam que o uso do biochar pode aumentar a produção agrícola em aproximadamente 25% em zonas tropicais, melhorando a segurança alimentar e gerando renda. Embora pouco difundido no Brasil, seu potencial pode ser um divisor de águas para a agricultura sustentável na Amazônia.

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Do Sul ao Norte: como esta empresa se tornou líder do mercado de açaí no Brasil

Uma empresa de Japurá, munícipio no interior no Paraná, assumiu a liderança do mercado de açaí, superando empresas tradicionais do setor, como Frooty e Oakberry. Com capacidade de produção de 160 toneladas de açaí por dia, a Polpanorte se tornou neste ano a maior produtora de açaí do Brasil. A marca faz parte do Grupo Zeppone, que deve registrar um faturamento de R$ 420 milhões em 2023, crescimento de 30% em relação ao ano anterior.

Transportar o açaí do norte ao sul do país não é uma tarefa fácil. Tudo começa com a colheita do fruto, que é realizada por cerca de 25 produtores paraenses, entre cooperativas e empresas formais. Cada um deles têm cerca de 20 a 50 fornecedores ribeirinhos.

O processamento do açaí acontece em Benevides, no Pará, onde a companhia opera uma planta industrial desde o início de 2022. Para verticalizar a produção, o grupo investiu cerca de R$ 30 milhões para colocar a indústria em pé. Uma segunda rodada de investimento de R$ 20 milhões foi realizada no ano passado para aumentar a capacidade de produção.

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Fonte: globorural.globo.com
Imagem: Divulgação / Reprodução

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Kely Gouveia

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