Estudo avalia regulamentação da rotulagem nutricional no Brasil
Após os primeiros 12 meses de implementação das regulamentações de rotulagem nutricional no Brasil, uma análise revela que menos de 15% dos alimentos e bebidas elegíveis aderiram às novas diretrizes, apontando para uma não conformidade significativa por parte da indústria alimentícia.
O estudo, que acompanhou o período inicial de implementação das regulamentações, concentrou-se na presença e na legibilidade da rotulagem frontal (FOPNL), bem como na inclusão de informações sobre açúcares adicionados no painel nutricional.
Os dados analisados abrangeram 6.829 embalagens de alimentos e bebidas lançadas entre novembro de 2022 e outubro de 2023. Surpreendentemente, apenas 12,9% dos produtos já incluíam a rotulagem frontal ao final do período de implementação de 12 meses.
A análise ainda revelou que, entre os produtos ultraprocessados, apenas 14,4% apresentavam rotulagem frontal, apesar de 65,1% serem elegíveis para tal. Além disso, menos de 30% dos produtos, como biscoitos doces, sorvetes e balas com adição de açúcar, declararam essa informação no painel nutricional.
A falta de conformidade estende-se à legibilidade da rotulagem frontal, com problemas relacionados à sua localização na embalagem, presença em partes removíveis ou ocultas, e padrão de cores inadequados.
Essa não conformidade compromete o impacto esperado na promoção de escolhas mais saudáveis no momento da compra de alimentos, ressaltando a necessidade urgente de uma maior adesão e conformidade por parte da indústria alimentícia às regulamentações de rotulagem nutricional.
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Fonte: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.04.09.24305563v1.full
Imagem: Freepik