Kombucha pode se tornar potência econômica em Minas Gerais
Durante uma viagem ao Havaí, o empresário José Felipe Carneiro foi apresentado a uma bebida peculiar: a kombucha. Embora inicialmente não tenha agradado ao seu paladar, ela logo se tornou o foco de Carneiro, abrindo mais um caminho na já consolidada indústria de bebidas do Estado de Minas Gerais, ao lado do café e dos drinks em lata.
A kombucha, com suas origens milenares na China, é uma bebida gaseificada e adocicada à base de chá, fermentada com dezenas de bactérias benéficas. Este elixir passa por um processo de fermentação, onde podem ser adicionados diversos sabores, atraindo um mercado industrial que, segundo um relatório divulgado pelo Congresso On-line de Gestão, Educação e Promoção da Saúde (Convibra), está previsto para alcançar US$ 4,26 bilhões globalmente até 2028.
Conheça a K-Happy e a a Ponto Eko, marcas de kombuchas envasadas
José Felipe Carneiro, co-fundador da cervejaria Wäls, hoje CEO da K-Happy, marca de kombuchas envasadas, lidera essa expansão no mercado mineiro. Com mais de 30 sabores em seu portfólio, a K-Happy busca não apenas oferecer uma bebida refrescante, mas também um símbolo de saúde, ainda que muitos desconheçam sua existência.
Além da K-Happy, outra marca em ascensão é a Ponto Eko, criada pelo casal Veruska Gontijo e Marcelo Ferreira em Macacos, na região metropolitana de Belo Horizonte. A marca, vendida em lata com seis sabores diferentes, busca atrair um público jovem e moderno, em sintonia com o movimento de vida saudável.
Ainda que o mercado de kombucha apresente um potencial significativo, há desafios a superar. Thiago Cunha, consultor técnico do mercado de bebidas, identifica o custo como a principal barreira para a expansão. A produção, limitada pelo tempo de fermentação, resulta em preços relativamente elevados em comparação com refrigerantes tradicionais.
Apesar dos desafios, Minas Gerais pode se destacar como um laboratório ideal para o desenvolvimento do mercado nacional de kombucha. A aceitação dos consumidores mineiros abre caminho para o crescimento do setor, com aproximadamente oito marcas já estabelecidas e outras 30 em fase de experimentação e busca por expansão. Para um estado com tradição tão enraizada, a presença de cerca de 40 marcas de kombucha é um indicativo expressivo de mudança e evolução no mercado de bebidas.
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Quais as principais tendências do mercado de bebidas
Inovação, nutrição, saúde e bem-estar têm pautado a escolha dos consumidores. Crescem as alegações de redução de açúcares nas diferentes subcategorias de bebidas, além do lançamento de soluções com adição de fibras
Nos últimos anos, o mercado de alimentos e bebidas tem provocado uma verdadeira revolução no paladar dos consumidores. Com um aumento notável de 33% no lançamento de produtos de edições limitadas, fica evidente que estamos vivendo a era das experiências gastronômicas inovadoras.
Os consumidores estão mais ávidos do que nunca por novidades que transcendam o comum, dispostos a investir mais para saborear uma experiência diferente. Essa tendência reflete não apenas o desejo por sabores diferenciados, mas também a busca por atributos como inovação, saudabilidade e sustentabilidade.
A pesquisa realizada pela Innova Market Insights em 2023 revelou tendências em diversos aspectos na escolha de bebidas. Além das alegações de redução de açúcares e adição de fibras e proteínas, a preferência por uma experiência sensorial positiva, que combine sabor e textura de maneira única, é um ponto de destaque.
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Fonte: https://www.otempo.com.br/