Startups inovam com micélio e economia circular sustentável
As startups Typcal, Mush e Muush estão explorando o potencial do micélio para criar soluções inovadoras em diversos setores, como alimentação, materiais e têxtil, com foco na economia circular. O micélio, parte vegetativa dos fungos composta por hifas, é utilizado pelas empresas para transformar resíduos sólidos e líquidos em bioprodutos sustentáveis, com baixa pegada hídrica e energética, além de menor emissão de CO2 e uso reduzido de químicos nocivos ao meio ambiente.
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Essas iniciativas são pioneiras na América Latina e fazem parte de um mercado global em expansão, que deve atingir US$ 3,84 bilhões até 2026, segundo a ReportLinker.
Typcal: inovação alimentar
A Typcal, primeira foodtech da América Latina a utilizar a fermentação de micélio na produção de alimentos, desenvolveu um processo sustentável e escalável para criar proteína de micélio em apenas 30 horas. O produto, rico em proteínas e fibras, pode ser aplicado em receitas plant-based, carnes, pães e outros alimentos, oferecendo uma alternativa nutritiva e versátil para a indústria alimentícia.
Segundo Paulo Ibri, CEO da Typcal, a empresa visa não só oferecer ingredientes sustentáveis, mas também causar impacto positivo na saúde e no meio ambiente. O micélio é uma fonte de proteína completa, com todos os aminoácidos essenciais, além de contribuir para a modulação do sistema imunológico e a saúde intestinal.
Mush: materiais biodegradáveis
A Mush aposta no micélio como alternativa aos polímeros sintéticos, criando materiais biodegradáveis que podem ser utilizados em embalagens, construção civil e decoração. A startup transforma resíduos agrícolas em matéria-prima moldável e sustentável, que pode ser descartada na natureza sem causar danos. Com uma produção que captura CO2, a biotecnologia da Mush promove uma economia circular e reduz o impacto ambiental, explica Ubiratan Sá, CEO da empresa.
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Muush: biotecidos sustentáveis
A Muush está desenvolvendo biotecidos à base de micélio que podem substituir couro sintético e animal na moda, móveis e setor automotivo. A startup utiliza resíduos agroindustriais para criar tecidos sustentáveis, promovendo uma alternativa ecológica aos materiais convencionais.
Fonte: Segs
Imagem: Freepik