Cientistas apostam no feijão como alimento do futuro
O alimento do futuro refere-se a comidas inovadoras que buscam enfrentar desafios como o crescimento populacional e mudanças climáticas. Diversificar a dieta é visto como uma solução para mitigar a fome, lidar com a perda de biodiversidade e facilitar a adaptação às novas condições climáticas.
Especialistas alertam que mudanças climáticas aumentam o risco de “choques alimentares” severos, onde falhas nas colheitas e a rápida elevação dos preços dos alimentos básicos são preocupações globais.
Executiva da Cargill está em busca do alimento do futuro
“Existem milhares de espécies de plantas comestíveis consumidas por diferentes populações que podem oferecer soluções para esses desafios”, afirmou o pesquisador Dr. Sam Pirinon à BBC Internacional.
Entre as tendências destacam-se feijões, banana falsa e cereais selvagens. Adicionalmente, alimentos plant-based, carne cultivada, algas marinhas, pandano e cogumelos são apontados como essenciais, segundo o site Food Connection.
Feijões
Feijões e leguminosas são considerados alimentos do futuro devido ao seu baixo custo, alto teor de proteínas e vitaminas do complexo B, além de sua adaptabilidade a diversos ambientes. Existem 20.000 espécies de leguminosas no mundo, mas poucas são usadas na alimentação. Muitas espécies ainda desconhecidas podem ser exploradas.
Cereais Selvagens
Com mais de 10.000 espécies, os cereais provenientes de gramíneas oferecem grande potencial para novos alimentos. O fonio (Digitaria exilis), um cereal africano nutritivo, é usado para fazer cuscuz, mingau e bebidas, e é capaz de tolerar condições de seca.
Banana Falsa
A banana falsa, consumida apenas em uma parte da Etiópia, é outro alimento promissor. Embora o fruto não seja comestível, os caules e raízes ricos em amido podem ser fermentados para fazer mingaus e pão. Estudos indicam que essa planta pode alimentar mais de 100 milhões de pessoas em um mundo afetado pelo aquecimento global.
Fonte: https://www.estadao.com.br/paladar/
Foto azerbaijan_stockers on Freepik
Você também pode gostar desse conteúdo que já publicamos
Pesquisadores criam concentrado proteico de feijão fermentado
Pesquisadores da startup ProVerde, com apoio do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da FAPESP, desenvolveram um concentrado de proteínas de feijão utilizando uma técnica sustentável que não utiliza água. Este novo produto visa atender ao crescente mercado de consumidores que preferem alimentos vegetais, como veganos e flexitarianos.