DE TENDÊNCIA À LEGISLAÇÃO: A corrida para a redução de açúcares
A redução de açúcar vem sendo foco desde 2017, devido as medidas adotadas para o combate da obesidade pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Como consequência os países começaram a se mobilizar durante os anos seguintes para transformar essa tendência em legislação, como por exemplo Portugal, França, México, Finlândia, Noruega e Reino Unido.
IMPACTOS NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
No Brasil, recentemente houveram mudanças importantes na legislação de rotulagem de alimentos que afetam diretamente produtos com alto conteúdo de açúcar. A RDC nº 429/20 tem como objetivo tornar mais clara as informações contidas nos rótulos para o consumidor.
Para a melhoria na legibilidade das informações nutricionais, a tabela necessita ser declarada em um novo tamanho e área específico do rótulo, com fundo branco e escritas em preto. Além disso, agora passa a ser obrigatória a declaração de açúcares e açúcares adicionados, que antes eram opcionais. A tabela nutricional precisa ser obrigatoriamente declarada para o tamanho de porção de referência e também por 100 g, facilitando a comparação entre produtos e a decisão de compra.
Uma das principais mudanças e novidades nessa nova legislação são os rótulos frontais para alimentos que possuam alto conteúdo de açúcar, gordura e sódio. Na IN nº 75/20 são definidos os critérios para que os alimentos sejam enquadrados dessa forma. Além disso, na instrução são definidas as especificações para alegações nutricionais, como “baixo em”, “reduzido em”, “não contém”, etc.
O EFEITO NO MERCADO
A adoção dos rótulos frontais obrigatórios já foi realizada em anos anteriores por países vizinhos, como Uruguai, Chile e México. Apesar de possuírem diferentes regras para o emprego dos selos, pode-se afirmar que a adoção desse tipo de rotulagem impactou o mercado.
Isso porque, após a implementação da legislação, uma pesquisa no Chile apontou que 26% da demanda por produtos com selos diminuiu e o preço dos produtos sem o selo subiu em 5,5%. Ou seja, a procura por alimentos que com alto conteúdo de açúcar, gordura e sódio diminuiu, trazendo oportunidades para os produtos sem advertência.
Ainda notou que no México 37% dos consumidores diminuíram a frequência de compra de produtos com selos. O selo mais relevante e que teve mais impacto foram sob os produtos com excesso de açúcares. A legislação mexicana é mais rigorosa que a brasileira, tendo como consequência o uso do selo de excesso em açúcar e calorias em 8 a cada 10 produtos.
ALTERNATIVAS AO AÇÚCAR
Com esta inevitável mudança, estamos presenciando o surgimento de inúmeras linhas de produtos que seguem as exigências do consumidor. Pesquisas apontam que o mercado de alimentos e bebidas reduzidos em açúcar foi avaliado em US$ 46,18 bilhões em 2021 e terá taxa de crescimento anual de 8,9% até 2030.
O desafio da indústria está em buscar alternativas para redução e substituição do açúcar para se alinhar as tendências e legislações. A Gramkow trabalha com soluções para essa finalidade há mais de 5 anos. Possuímos em nosso portfólio ingredientes que não só contribuem para a redução do açúcar, mas também agregam funcionalidade à formulação.
GRAMKOW SOLUTIONS
Destacamos a Fibra de Mandioca, que além de contribuir para um rótulo clean label, pode atuar para reduzir em até 23% de açúcar em aplicações como sorvetes, molhos, biscoitos e recheios. É um ingrediente de produção nacional, apresentando vantagens estratégicas de baixo custo e lead time. Apresenta benefícios como a baixa atividade de água, a alta absorção de água e de gordura, que dependendo da aplicação, pode ser crucial para uma melhoria das características do produto final.
Além disso, contamos com uma linha de xaropes que podem ser uma alternativa ao açúcar. Em destaque para o LowPure, que possui um baixo teor de açúcar e maior tolerância digestiva se comparado com os polióis. Além disso, 90% dos seus carboidratos são não digeríveis, conferindo propriedades de fibra.
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Gramkow Solutions Specialist