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Leites proteicos ganham espaço e impulsionam inovação no varejo

O crescimento da demanda por produtos com alto teor de proteína tem impulsionado a inovação na indústria de alimentos e bebidas. Um dos destaques recentes é a ascensão dos leites proteicos, que vêm ganhando espaço nas gôndolas do varejo alimentar, especialmente nas versões zero lactose, voltadas ao consumidor que busca praticidade, saúde digestiva e nutrição reforçada.

Proteína adicionada cresce no Brasil e movimenta o agro

A tendência se apoia em transformações estruturais no comportamento de consumo. “Diferentemente de modismos, o aumento do interesse por proteínas reflete necessidades fisiológicas reais e mudanças demográficas relevantes, como o envelhecimento populacional”, afirma Claudio Felisoni, professor da FIA Business School. Ele destaca que o consumo proteico está associado à saciedade, manutenção da massa muscular e qualidade de vida.

A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 0,8g de proteína por quilo de peso corporal por dia. Em pessoas fisicamente ativas, essa demanda pode dobrar — o que explica o avanço de alimentos fortificados voltados para atletas, idosos, veganos e pessoas com restrições alimentares.

Indústria aposta em lácteos com alta densidade proteica

Durante o Festival APAS Show, a Piracanjuba apresentou ao mercado o +Protein Zero Lactose, leite semidesnatado com 10g de proteína por porção — 50% a mais do que a versão tradicional. O produto também oferece 33% mais cálcio e foi desenvolvido com foco na digestibilidade, já que o teor proteico elevado pode causar desconforto em consumidores intolerantes à lactose.

“Escolhemos a base zero lactose justamente para garantir uma melhor aceitação, especialmente para quem já tem sensibilidade. O resultado é um leite mais suave, levemente adocicado e com cor um pouco mais caramelo, por conta da Reação de Maillard”, explica Lisiane Campos, diretora de Marketing do Grupo Piracanjuba.

A marca foi uma das pioneiras ao lançar, em 2012, uma linha voltada para intolerantes à lactose — um público estimado em cerca de 70% da população brasileira, segundo dados da própria empresa.

Além da Piracanjuba, outras indústrias também ampliaram seu portfólio com foco em lácteos proteicos. Entre os lançamentos, destacam-se o Molico +Proteína Zero Lactose, o Itambé PRO Desnatado e o Camponesa Zero Lactose com 14g de proteína por porção.

Conheça as proteínas que estão transformando o mundo

Diversificação e valor agregado são caminhos estratégicos

Para atender à demanda crescente e diversificada, a indústria tem investido em formulações que vão além das proteínas de origem animal. “O uso de proteínas vegetais, como ervilha, soja e grão-de-bico, pode ampliar o alcance dos produtos e atender consumidores veganos ou com restrições específicas”, observa Felisoni.

Ele destaca ainda que o sucesso comercial dos produtos depende da combinação entre nutrição, sabor, conveniência e atributos valorizados como sustentabilidade e naturalidade.

Fonte: Super Varejo
Imagem: Freepik

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