TENDÊNCIAS

Proteína adicionada cresce no Brasil e movimenta o agro

A demanda por produtos com proteína adicionada tem crescido de forma acelerada no Brasil, acompanhando uma tendência global que já movimenta trilhões de dólares. A busca por alimentos proteicos, antes restrita ao público fitness, se espalhou pelo varejo, influenciando desde a formulação de bebidas e snacks até o desenvolvimento de novos modelos de negócio e o aumento da pressão sobre o setor agropecuário.

BIO BRAZIL FAIR: confira as tendências em bebidas orgânicas

Segundo a Euromonitor, o mercado de proteínas adicionadas no Brasil já movimenta R$ 2 bilhões por ano. A tendência impacta toda a cadeia — da indústria de laticínios à produção de leite com maior teor de sólidos. Empresas como Nestlé, Danone e Piracanjuba ampliaram significativamente seus portfólios de produtos proteicos, com lançamentos que vão de cappuccinos a shakes prontos para o consumo.

Na indústria, marcas como ProForce, Nutren Senior, YoPRO e Nutridrink refletem o esforço das gigantes em atender a um consumidor cada vez mais atento à qualidade nutricional dos alimentos. Além do público que pratica atividades físicas, cresce o interesse de consumidores maduros e de quem busca mais saciedade ou praticidade no dia a dia.

Esse movimento também chega ao agro. A demanda por proteínas lácteas estimula a produção nacional de leite com maior teor de proteína. Programas como o ProCampo, da Piracanjuba, e o Regenera, da Nestlé, oferecem crédito, insumos e bonificações aos produtores. Ainda assim, o Brasil precisa avançar: enquanto o leite da Nova Zelândia apresenta 14,5% de sólidos, a média brasileira gira em torno de 12%.

A tendência também movimenta o mercado de investimentos. Fundos como Moriah Asset e Rebels Ventures passaram a mirar negócios ligados à nutrição funcional e ao wellness. A We Protein, por exemplo, levantou R$ 2 milhões e planeja expandir sua rede de smoothies com alto teor proteico. Já a Guday, marca de gummies com creatina, prevê faturar R$ 80 milhões em 2025.

Poddi é lançado como primeiro refrigerante prebiótico do Brasil

Das gôndolas ao campo, a proteína adicionada se consolida como um dos principais motores de transformação na indústria de alimentos e bebidas, abrindo novas frentes de inovação, atraindo capital e exigindo respostas rápidas de toda a cadeia produtiva.

Fonte: TheAgriBiz
Foto de Aleksander Saks na Unsplash

BHB TEAM

BHB TEAM

About Author

O BHB Food compartilha os temas mais atuais e relevantes sobre marketing, saúde e nutrição são apresentados por players renomados e engajados no mercado, disseminando conceitos e ideias inovadoras na construção de marcas saudáveis.

Deixe um comentário

Você pode gostar também

TENDÊNCIAS

DNA dos alimentos: A receita de sucesso para sua marca

Se o DNA é a receita genética de todos os seres, é claro que os alimentos também o possuem. Mas
TENDÊNCIAS

Sustentabilidade no Prato: Alternativas e Perspectivas

Sustentabilidade significa, sustentar, defender, favorecer, apoiar, conservar e/ou cuidar, e teve sua origem na primeira Conferência das Nações Unidas sobre