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Plant based

Diretor da APAS fala sobre crescimento do mercado plant-based

O mercado plant-based no Brasil está em ascensão, consolidando-se como uma das tendências mais promissoras do setor alimentício. Em entrevista à Plant-Based Tech, Carlos Correa, diretor-geral da APAS (Associação Paulista de Supermercados), compartilhou suas perspectivas sobre esse fenômeno.

“A demanda do consumidor por produtos plant-based está em constante crescimento, e o Brasil tem um mercado promissor”, afirma Correa. Dados da APAS mostram que produtos saudáveis estão em franca aceleração, com alimentos não-industrializados predominando nas cestas de compras. Esse movimento é impulsionado pela busca crescente por uma alimentação mais saudável.

Expansão nos supermercados

A aceitação dos produtos plant-based é positiva. “O mercado está disponibilizando uma variedade crescente desses produtos devido à demanda constante”, explica Correa. Supermercados oferecem uma ampla gama de itens, incluindo cereais integrais, frutas, verduras, legumes e sementes.

A APAS promove esse mercado ativamente, destacando produtos orgânicos e plant-based na APAS SHOW e firmando um acordo com a CEAGESP para desenvolver boas práticas no setor de Frutas, Legumes e Verduras (FLV).

Carnes vegetais estão no prato de 26% dos brasileiros

Acessibilidade e diversificação

Embora inicialmente associados a consumidores de alto padrão aquisitivo, os produtos plant-based estão se tornando acessíveis a todas as classes. “A parcela de consumidores de todas as classes que valoriza essa alimentação está crescendo”, observa Correa. Apesar dos preços ainda elevados, a maior variedade e oferta proporcionam mais opções.

Uma pesquisa da APAS indica que 65% dos brasileiros consomem orgânicos, com essa participação subindo para 71% entre jovens de 18 a 34 anos, refletindo um interesse crescente por uma alimentação saudável.

Perspectivas futuras

Correa está confiante no crescimento contínuo do setor plant-based. “Os produtos saudáveis crescem ano após ano em todas as cestas”, afirma. Ele destaca a conscientização dos consumidores sobre a origem dos produtos e seu impacto na saúde e no meio ambiente.

Nos supermercados, a oferta de produtos plant-based varia conforme a região e o porte das lojas. “Supermercados de médio e grande porte possuem uma ampla gama de produtos plant-based”, relata Correa. Ele prevê um crescimento expressivo nos próximos cinco anos, apoiado na mudança dos hábitos de consumo e na ampliação da oferta pela indústria.

Adaptação dos supermercadistas

Os supermercadistas estão abertos à tendência do vegetarianismo e da alimentação saudável. “O supermercadista deve estar atento às mudanças nas demandas e perfis dos consumidores”, destaca Correa. Produtos naturais já são uma realidade em muitos supermercados, com gôndolas dedicadas a esses itens.

Plant-Based Tech

Lúcia Abdala, CEO da TRIOXP Feiras e Eventos, organizadora da Plant-Based Tech, destaca o potencial do mercado brasileiro para o setor plant-based. “O Brasil é um dos mercados mais promissores. A nova geração busca alimentos sustentáveis que não agridam o meio ambiente. Empreendedores estão inovando para atender às expectativas desse consumidor,” afirma Lúcia.

Ela ressalta a importância de eventos como a Plant-Based Tech, que promovem novas tecnologias de produção e soluções para a indústria e o varejo.

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Desde 2019, o mercado brasileiro de produtos plant-based tem se destacado. Alimentos com aparência, textura e sabor semelhantes aos produtos de proteína animal, como carnes, peixes, frangos e laticínios, passaram a ocupar as gôndolas dos supermercados, além de lojas especializadas.

Segundo o relatório da Euromonitor, em 2023, as vendas desses substitutos vegetais aumentaram 38% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 1,1 bilhão.

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Fonte: https://gazetadepinheiros.com.br/
Foto de Jordan Madrid na Unsplash

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Kely Gouveia

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