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EVENTOS

FiSA 2024 traz debate sobre proteínas alternativas

Na busca por um sistema alimentar mais sustentável, as inovações em proteínas alternativas e produtos alimentares à base de plantas têm sido cada vez mais importantes. De acordo com um relatório da Grand View Research, o mercado global de proteínas à base de plantas foi avaliado em 10,3 bilhões de dólares em 2020 e deve crescer a uma média de 7,2% por ano até 2028.

No Brasil, o cenário é ainda mais promissor, conforme avaliam os especialistas que participarão do painel “Plant-Based & Proteínas Alternativas: Conheça as Tendências e Inovações que Atendem à Expectativa do Consumidor Global”, parte da programação da FiSA (Food Ingredients South America) 2024.
 
A perspectiva pode parecer contra intuitiva em um país conhecido por sua produção e consumo significativos de proteína animal. Mas, na avaliação dos painelistas, é justamente isso que torna o Brasil tão fundamental nos processos de transformação dos sistemas alimentares globais.

Mulheres da indústria de alimentos discutem liderança

“Quem faz carne melhor que a gente? O nível de conhecimento e adaptação cultural que nós temos em torno desse produto é exatamente o que nos coloca na posição certa para a liderança”, avalia Gustavo Guadagnini, presidente do The Good Food Institute Brasil (GFI Brasil), ONG que promove avanços no setor de alimentos à base de plantas, cultivados e obtidos por fermentação.
 
O painel, agendado para o dia 6 de agosto às 11h como parte da programação do Summit Future of Nutrition, contará com a participação de Didier Toubia, CEO e cofundador da Aleph Farms. A Aleph Farms é uma empresa pioneira em agricultura celular, que cultiva produtos de alta qualidade a partir de células bovinas.

Seu produto principal, Aleph Cuts, é conhecido como o primeiro bife de carne cultivada do mundo. O debate tem como objetivo reunir especialistas de diferentes países para uma troca de experiências sobre os desafios atuais na área, que desempenha um papel importante na definição de novos modelos e alternativas alimentares em resposta às demandas globais atuais.
 

Inovações

As proteínas alternativas abrangem uma variedade de possibilidades, incluindo agricultura celular, fermentação de precisão e proteínas à base de plantas. Entre essas, a agricultura celular se destaca como uma tecnologia revolucionária que permite a produção de proteínas e gorduras animais em ambiente fabril, a partir de células animais. 

“A agricultura celular está prestes a possibilitar a produção generalizada de proteínas e gorduras animais a partir de células de numerosas espécies terrestres e marinhas, que vão contribuir para tornar os sistemas alimentares mais seguros, resilientes e sustentáveis. A carne cultivada, em particular, está bem posicionada para complementar os métodos sustentáveis de produção convencional de carne bovina,” destaca Didier Toubia.

Para a produção de alimentos, que às vezes tem como objetivo a simulação ou reprodução de sabores e texturas de produtos de origem animal, é comum o uso da combinação dessas tecnologias, originando “blends” e produtos híbridos. Outra possibilidade é a integração dos recursos de produção de proteínas alternativas com ferramentas avançadas, como a inteligência artificial, o que pode melhorar significativamente a eficiência de custos, a eficiência operacional e a escalabilidade, permitindo maior aproveitamento do potencial e do impacto dessas inovações.
 
“Eu não quero convencer as pessoas a parar de comer carne, eu quero fazer a carne de uma forma que seja mais sustentável”, diz Guadagnini. O especialista endossa que, independentemente do recurso ou método, a necessidade predominante é a criação de uma cadeia de produção de alimentos que, além de sustentável e saudável, seja capaz de entregar a mesma experiência, cultura, hábitos e tradições que os humanos têm através da alimentação.
 

Desafios 

“O setor de proteínas alternativas vem a ser, mais ou menos, o carro elétrico do mundo dos sistemas alimentares”, observa Guadagnini. O paralelo é endossado por Didier, que pondera sobre os desafios enfrentados pela indústria da agricultura celular, como altos custos para investimentos e avanços tecnológicos, limitações na cadeia de suprimentos, complexidades regulatórias e a necessidade de estratégias de diferenciação de produtos.
 
No entanto, como assunto diretamente relacionado às crescentes preocupações ambientais e aos impactos da indústria agropecuária no meio ambiente, as discussões sobre inovações em proteínas alternativas e novas tecnologias alimentares se mostram um ponto de encontro no ramo: “Os desafios dos nossos sistemas alimentares afetam a todos, e é nossa responsabilidade liderar um discurso inclusivo sobre as soluções que temos em mãos. Não podemos mais nos dar ao luxo de pensar dentro da estrutura de ‘ou/ou’. Nossos desafios são inclusivos, não exclusivos. E nossas soluções também devem ser inclusivas”, finaliza Didier.
 

FiSA 2024: a maior edição dos últimos anos 

A 26ª edição da Food ingredients South America (FiSA), a maior e principal feira de negócios do setor de ingredientes para as indústrias de alimentos e bebidas na América do Sul, acontece entre os dias 6 e 8 de agosto. Reunindo 263 expositores de 36 países diferentes, o evento oferece uma agenda diversificada de atrações com conteúdo para apoiar as inovações das indústrias de alimentos e bebidas.
 
Em 2024, o evento promove sua maior edição dos últimos 7 anos, trazendo foco em Inovação e Sustentabilidade. Profissionais e especialistas vão discutir temas essenciais para o futuro da indústria de alimentos, com destaque para a cadeia de ingredientes, e temas como proteínas alternativas, personalização de produtos e novos marcos regulatórios.

Serviço: Food ingredients South America 2024
Data: de 06 a 08 de agosto de 2024.
Local: São Paulo Expo (Rodovia dos Imigrantes, 1,5 km – Vila Água Funda, São Paulo – SP, 04329-900)
Horário: 13h às 20h
Ingressos: neste link.

Você também pode gostar disso

Governo cria grupo para debater proteínas alternativas

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) formou no mês de maio um grupo técnico de trabalho (GTT) para discutir avanços e propostas regulatórias para novos sistemas alimentares e ingredientes contemporâneos, incluindo proteínas alternativas. Esse passo visa promover a inovação no setor agropecuário e apoiar a transição para uma economia de baixo carbono.

A proposta será discutida na câmara temática de transformação digital do agro, alinhando-se ao novo marco regulatório em elaboração pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Mapa desde o ano passado. O GTT busca promover o alinhamento entre reguladores e regulados, integrando proteínas alternativas à agenda do agronegócio.

Clique aqui para ler o conteúdo completo.

Foto: KamranAydinov on Freepik

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Kely Gouveia

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