Plant-Based e flexitarianismo: a Reinvenção da Indústria Alimentícia
O flexitarianismo vem ganhando espaço na sociedade, tanto pela preocupação animal e ambiental quanto pela saúde e até fazendo com que as prateleiras do mercado abram espaço para os alimentos plant-based.
Mas o que exatamente é flexitarianismo?
Este termo se refere a um padrão alimentar associado à redução do consumo de alimentos de origem animal, sem que estes sejam excluídos completamente da dieta. Partindo dessa definição, 28% dos brasileiros já se consideram flexitarianos, sendo esse público majoritariamente composto por mulheres – mais especificamente, 31% delas se encaixam nessa categoria (GFI, 2022).
Adicionalmente, segundo a pesquisa realizada pela Academia da Nutrição em 2022, 74% dos nutricionistas notaram um aumento no número de pacientes que reduziram o consumo de carne, ao longo dos dois anos anteriores. A partir destas pesquisas evidenciando uma tendência, fica clara a necessidade do consumidor flexitariano em dispor de uma maior variedade de opções plant-based, obrigando a reivenção da indústria alimentícia. E a fim de compreender as novidades da indústria acerca desse tema, serão abordados alguns cases ao final do texto.
Busca por alimentos plant-based
Já sabemos que a redução do consumo de carne implica em uma maior busca do consumidor por alimentos de origem vegetal, mas ainda assim os dados reafirmam que esse cenário é cada vez mais presente: atualmente, quatro em cada dez pessoas afirmam trocar a carne por substitutos vegetais pelo menos três vezes por semana (GFI, 2022).
Porém, antes de investir nas inovações plant-based, as empresas alimentícias precisam entender quem é seu público, e qual é a principal motivação desses consumidores em reduzir o consumo de alimentos de origem animal: seria pela causa animal ou pela sustentabilidade?
Em resumo, a resposta é: nenhum dos dois é o principal. De forma isolada, a questão mais importante, para 45% dos respondentes de uma pesquisa realizada pelo GFI, é o aspecto financeiro; com o aumento do preço das carnes, muitas pessoas precisaram reduzir o consumo involuntariamente. Apesar disso, somando todas as outras razões, 52% dos respondentes reduziram a carne por vontade própria, sendo que 36% do total de respondentes fez essa mudança em prol da saúde. Ou seja, a principal oportunidade para a indústria de alimentos é focar em aspectos de lifestyle e saúde, até porque os produtos plant-based são mais voltados ao público que busca a redução do consumo de carne, e não aos vegetarianos estritos.
Cases no mercado brasileiro
De acordo com o Relatório Qtrends 2022, uma das dores do consumidor é acreditar que a realidade dos substitutos vegetais não atende às expectativas. Por isso, é importante entender o que o consumidor quer e precisa. Dentro do aspecto de saúde e lifestyle, as principais demandas são por alimentos com baixo teor de gorduras, alta quantidade de proteínas e muita naturalidade. Mas, além da questão nutricional, os aspectos sensoriais, a embalagem e a inovação do produto são aspectos importantes para o consumidor na hora de escolher uma alternativa vegetal.
Quer saber ainda mais sobre as tendências plant-based na indústria? Entre em contato com o nosso time para se informar sobre o relatório anual da Qtrends!
Para mais conteúdos sobre tendências do mercado de alimentos, acesse nossos outros materiais no link https://bhbfood.com/food-trends
Referências:
Pesquisa de consumidor – GFI – Brasil – 2022
Relatório Q-TRENDS 2022 – 2023
Equilibrium Latam – Brasil – 2022