Dengo lança dois produtos com cacau amazônico: chocolate com pimenta e jaca
Conhecida pela alta qualidade dos chocolates bean-to-bar com cacau cultivado na Bahia, os produtos da Dengo terão um novo terroir, com novos itens feitos a partir do fruto plantado na Amazônia paraense. Com expansão no norte do país, com dois produtores locais, a partir de 5 de setembro, a marca lança dois produtos feito com o cacau do Pará, a barra 70% Cacau da Amazônia e o Quebra-Quebra de Jaca com Pimenta Baniwa.
Há cinco anos no mercado, a chocolateria iniciou suas atividades promovendo uma rede de pequenos e médios produtores de cacau no Sul da Bahia. Porém, sempre houve procura de produtores paraenses.
“Desde o terceiro ano da marca, muitos produtores já nos procuram com a intenção de vender cacau para a Dengo. Começa com relacionamento pequeno, como foi na Bahia em 2017 com seis produtores. Hoje já estamos com uma rede de pelo menos 150 famílias produtoras fornecendo uma base regular e frequente”.
Estevan Sartoreli, cofundador da Dengo.
Atualmente, são apenas dois produtores de cacau no Pará que irão fornecer para a marca. Com isso, os chocolates feitos com tais amêndoas não farão parte de todos os itens do portfólio. Mas, os produtos feitos a partir do cacau plantado na região amazônica terão diferentes combinações. É o caso do best-seller Quebra-Quebra, que ganha uma nova combinação de Jaca e Pimenta Baniwa e da barra com 70% de cacau.
Segundo Sartoreli, o intuito da Dengo é oferecer ao consumidor diferentes sabores dos biomas brasileiros. “Há diferenças sensoriais dos cacaus cultivados no nordeste e norte. O chocolate amazônico tem notas ligadas a frutas amarelas, frutas frescas e de maior suavidade. Já o cacau da Bahia, nativo da mata atlântica, notamos frutas marrons, amendoadas e amadeiradas. São diferentes, mas não significa que um é melhor que o outro”, diz Sartoreli.
Além do cacau amazônica, outros insumos da região também serão utilizados nas receitas, como a pimenta Baniwa. Os Baniwa fazem parte de um complexo cultural de 22 povos indígenas diferentes que vivem na fronteira do Brasil com a Colômbia e Venezuela. A pimenta é uma importante fonte de renda para a comunidade feminina dos Baniwa, protagonistas de toda a produção, ao todo são 78 espécies registradas. Elas utilizam o dinheiro para comprar produtos básicos para o dia a dia e para manter o bem viver nas comunidades.
Fonte: exame.com