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NEGÓCIOS Plant based

Brasil pode liderar mercado de proteínas vegetais

Líder na produção global de alimentos como soja, milho, carne bovina e frango, o Brasil reúne condições estratégicas para também ocupar protagonismo no setor de proteínas vegetais. A pressão por sistemas alimentares mais sustentáveis e a projeção de uma população global de 9,7 bilhões até 2050 colocam esse desafio no centro das decisões de futuro.

Mercado de ingredientes plant-based cresce e se diversifica

Nesse cenário, o GFI Brasil lançou o projeto Lâmpada, um diagnóstico detalhado da cadeia de valor dos alimentos vegetais análogos à carne. A iniciativa identificou 48 gargalos e propôs soluções para destravar o crescimento do setor, envolvendo desde ingredientes e P&D até distribuição e regulamentação.

Mercado plant-based no Brasil movimenta bilhões

De acordo com dados da Euromonitor, o mercado de carnes vegetais ultrapassou R$ 1,1 bilhão em vendas no varejo nacional nos últimos anos. Já o segmento de leites vegetais movimentou R$ 700 milhões em 2024. Os números mostram estabilidade, mas também reforçam o potencial inexplorado diante das vantagens competitivas brasileiras.

O Projeto Lâmpada se propôs a entender por que o setor ainda avança em ritmo moderado — e a apontar caminhos viáveis para acelerar esse movimento.

Redução de custos e produção local de ingredientes

A dependência de insumos importados, como concentrados e isolados proteicos, é um dos principais entraves para a escalabilidade do setor. O estudo recomenda incentivar a produção nacional de ingredientes estratégicos, com apoio à pesquisa agrícola e políticas que estimulem culturas adaptadas ao solo e clima brasileiros.

Também defende o fortalecimento de cooperativas e o apoio a pequenos produtores, criando uma cadeia de abastecimento mais eficiente e menos vulnerável a flutuações cambiais.

Inovação tecnológica e apoio à indústria

Outro ponto-chave do estudo é a necessidade de investimentos em tecnologias industriais. A aquisição de equipamentos como extrusoras úmidas e o desenvolvimento de centros de inovação com laboratórios compartilhados podem ser decisivos, principalmente para pequenas e médias empresas.

O GFI sugere a criação de polos regionais com acesso facilitado a tecnologia de ponta, fomentando a inovação e o ganho de escala.

Marco regulatório e competitividade internacional

A ausência de regulamentações específicas também limita o crescimento. O relatório recomenda a criação de um marco regulatório para produtos plant-based, com critérios de segurança alimentar, rastreabilidade e certificações de qualidade.

A harmonização com normas internacionais é apontada como essencial para viabilizar exportações e ampliar a competitividade do Brasil no mercado global.

Logística compartilhada e embalagens mais eficientes

A cadeia logística também exige atenção. A proposta é estimular parcerias entre empresas para otimizar o uso de cadeias refrigeradas e reduzir custos. Startups de distribuição e modernização de centros de armazenagem aparecem como apostas estratégicas.

Em relação às embalagens, o estudo alerta para a falta de padronização e os altos custos de testes. A recomendação é priorizar formatos mais simples, funcionais e compatíveis com o varejo e o perfil do consumidor final.

Relação com o varejo e posicionamento de categoria

Outro desafio está na gestão da categoria no ponto de venda. O GFI defende que a indústria assuma papel mais ativo no relacionamento com o varejo, com profissionais dedicados à precificação, ativação e posicionamento dos produtos nas gôndolas.

A presença estratégica pode evitar exposição inadequada e ampliar a competitividade nas prateleiras.

Desenvolvimento de produtos mais alinhados ao consumidor

Na área de P&D, o relatório propõe mais do que inovações tecnológicas: sugere a reformulação dos produtos com foco na simplicidade da lista de ingredientes, funcionalidade e clareza para o consumidor. Isso inclui alinhar o perfil do produto ao seu posicionamento — seja indulgente ou saudável — e atender às expectativas específicas do público-alvo.

Uma agenda de possibilidades para o setor

Mais do que listar entraves, o Projeto Lâmpada entrega um roteiro de ação estruturado. O estudo é resultado de uma escuta ativa com 40 especialistas da indústria, academia e setor público, e reflete uma leitura estratégica do mercado.

Expo West destaca inovação e futuro dos alimentos plant-based

Segundo Bruno Filgueira, analista do GFI Brasil, é possível impulsionar o mercado de proteínas vegetais no país com articulação entre diferentes setores, visão de longo prazo e decisões coordenadas.

“O Brasil tem biodiversidade, capacidade agrícola e base científica. O que falta é destravar. E o Lâmpada mostra por onde começar”, resume Filgueira.

Fonte: Campo & Negócios
Foto de Vije Vijendranath na Unsplash

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