Embalagens flexíveis fecham 2024 com alta no faturamento

A indústria brasileira de embalagens plásticas flexíveis encerrou 2024 com alta de 7,6% no faturamento, alcançando R$ 37,8 bilhões. A produção nacional subiu 2,5%, totalizando 2,33 milhões de toneladas, enquanto o consumo per capita chegou a 11 quilos, crescimento de 4,3%.
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Apesar dos avanços no mercado interno, o desempenho externo foi desfavorável. As importações cresceram 58% e as exportações recuaram 4,2%, reduzindo o superávit comercial do setor em 93,5%. O saldo em toneladas passou de 51,5 mil em 2023 para 3,3 mil em 2024. Em valores, a queda foi de 55%, totalizando US$ 25 milhões.
Os dados fazem parte do Relatório ABIEF 2024, elaborado pela Maxiquim para a Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (ABIEF). O estudo detalha a cadeia produtiva do setor e aponta os principais desafios para os próximos anos.
Um deles é o uso de material reciclado, que segue limitado. Apenas 5% da produção utilizou resina reciclada, enquanto o uso de resinas virgens cresceu 2,5%. O avanço dos reciclados foi de apenas 2,3%.
“O crescimento de 3,4% do PIB nacional foi puxado pelo consumo das famílias e investimentos. No entanto, o último trimestre sinalizou desaceleração, com inflação pressionada, alta do dólar e juros elevados”, afirma Rogério Mani, presidente da ABIEF entre 2019 e 2024.
Para Eduardo Berkovitz, que assume a presidência da entidade em abril, 2025 começou com cautela. “A política fiscal contracionista e a alta nos preços dos alimentos podem afetar o consumo. Por outro lado, há medidas em curso para conter a inflação”, destaca.
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A perspectiva para o setor segue positiva, especialmente pela versatilidade das embalagens flexíveis, que atendem diversas indústrias. Em 2024, o principal mercado foi o de alimentos (41%), seguido por indústria (13%), agropecuária (12%) e bebidas (12%). O segmento de pet food registrou crescimento expressivo de 24,1%.
Fonte: Embalagem Marca
Imagem: Freepik