Cacau recua com oferta em alta enquanto açúcar avança
Os contratos futuros de cacau caíram para o menor patamar desde novembro de 2024. O recuo reflete a expectativa de melhora na oferta global, especialmente diante dos estoques elevados mantidos nos armazéns da bolsa ICE, que somam 2,3 milhões de sacas, próximos ao pico registrado em junho.
Sweegen inova e desenvolve alternativas de açúcar
Em Londres, o cacau recuou 1,9%, encerrando o dia a 5.441 libras por tonelada. Em Nova York, a queda foi de 1,5%, com os contratos fechando em US$ 8.101 por tonelada. Ambos os mercados atingiram os menores níveis desde o fim do ano passado.
A movimentação ocorre em um cenário de saída dos fundos longos brutos e rolagem de posições por especuladores, em meio a um panorama menos pressionado pela escassez. Apesar da tendência de queda, analistas alertam que fatores estruturais, como envelhecimento dos cacaueiros, doenças e restrições ambientais, continuam limitando a recuperação plena da oferta na África Ocidental.
Enquanto isso, o açúcar bruto subiu 5,1%, atingindo 16,38 centavos de dólar por libra-peso, após bater mínima de quatro anos no início da semana. A alta foi impulsionada por notícias do Paquistão, que anunciou a importação de 500 mil toneladas para conter os preços internos, e pelo aumento na fila de navios para carregamento no Brasil — o maior exportador global.
Cresce demanda por café gelado no mercado brasileiro
No segmento de açúcar branco, os preços também subiram: 4,9%, para US$ 481,50 por tonelada.
O café arábica, por sua vez, teve leve queda de 0,5%, pressionado pelo bom andamento da colheita no Brasil. Já o café robusta reagiu positivamente, subindo 0,7% após ter tocado mínima de um ano na semana anterior.
Fonte: Infomoney
Foto de Etty Fidele na Unsplash
