7 tendências que vão guiar o mercado de bebidas não alcoólicas

A demanda por bebidas não alcoólicas segue em alta no Brasil e no mundo, impulsionada por mudanças de comportamento, avanços tecnológicos e a busca por saúde e bem-estar. A categoria inclui desde cafés e refrigerantes até drinks, energéticos e cervejas sem álcool, e vem conquistando novos públicos com opções mais naturais, funcionais e inclusivas.
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No Brasil, o consumo de cervejas sem álcool cresceu 24% em 2023, atingindo 480 milhões de litros, segundo a Euromonitor. Globalmente, o segmento de bebidas com baixo ou zero teor alcoólico ultrapassou 6,5 bilhões de litros em 2022. A tendência é que esse mercado mantenha crescimento anual médio de até 4,7% até 2028, conforme a Mordor Intelligence.
A transformação do setor ganhou força durante a pandemia, quando hábitos alimentares e o consumo consciente passaram a ocupar lugar central. Hoje, características como sabor autêntico, baixo teor calórico e ausência de efeitos colaterais – como a ressaca – tornam as bebidas sem álcool ainda mais atrativas, principalmente entre os mais jovens.
Cerveja sem álcool cresce mais de 200% no Brasil
Além disso, fatores como inclusão social (em ambientes onde o álcool não é bem-vindo), adequação a dietas específicas e novas experiências sensoriais impulsionam a inovação na indústria.
Confira abaixo sete tendências que estão redesenhando o mercado:
1. Mocktails e destilados zero álcool
Os coquetéis sem álcool ganham sofisticação e espaço nos bares. Chamados de mocktails, oferecem uma experiência sensorial completa. Em 2023, o mercado global de bebidas low e no-alcohol cresceu 5%, segundo a IWSR, com previsão de alta anual de 6% até 2027. Destilados sem álcool, como o Tanqueray 0.0 e o Almave, lançado por Lewis Hamilton, refletem essa virada de chave.
2. Água engarrafada e premium
Com apelo natural e seguro, a água engarrafada se destaca. O Brasil já é o quinto maior mercado global, com mais de 21 bilhões de litros consumidos anualmente e um consumo per capita de 105 litros, segundo a Beverage Marketing Corporation. O segmento tende a crescer com opções funcionais, saborizadas e embalagens sustentáveis.
3. Cervejas sem álcool
Apesar de representarem apenas 5% das receitas globais do setor, as cervejas sem álcool devem movimentar US$ 50 bilhões até 2028, de acordo com o Statist Market Insights. Heineken e outras marcas apostam na combinação entre sabor, refrescância e um posicionamento alinhado à saúde e ao estilo de vida ativo.
4. Drinks tropicais com frutas
Ingredientes tropicais, como abacaxi, ganham espaço em drinks sem álcool, com foco em baixo teor de açúcar e visual atrativo. A apresentação fotogênica das bebidas, valorizada nas redes sociais, impulsiona a inovação e o apelo entre jovens consumidores.
5. Supercafés funcionais
Cafés enriquecidos com colágeno, MCTs ou adaptógenos unem sabor, praticidade e benefícios funcionais. Segundo a Ogilvy, 75% dos consumidores esperam que marcas entreguem mais bem-estar. A redução de açúcar e o foco em performance e longevidade impulsionam o crescimento dos chamados supercafés.
6. Bebidas sem cafeína
A busca por “energia limpa” tem aquecido o mercado de bebidas descafeinadas, com expectativa de crescimento anual de 5,3% até 2030, segundo a Grand View Research. Produtos à base de cacau e ingredientes alternativos ganham destaque por promoverem foco e disposição sem efeitos estimulantes.
7. Bebidas com cannabis
Com vendas globais de US$ 2,04 bilhões em 2023, as bebidas com cannabis projetam atingir US$ 117 bilhões até 2032, segundo a Fortune Business Insights. A legalização em países como EUA, Tailândia e Austrália amplia o mercado, que começa a atrair consumidores em busca de experiências recreativas e benefícios terapêuticos.
Ascensão das bebidas sem álcool transforma a gastronomia
Como crescer em 2025 neste mercado
Apesar dos desafios com sabor, regulamentação e competitividade, marcas que investem em inovação, bem-estar e experiência têm conquistado espaço. O crescimento depende de produtos com identidade, propósito e conexão com o consumidor.
Iniciativas que combinam ingredientes funcionais, formatos criativos e estratégias digitais — como rastreamento de preferências e apelo visual — se destacam no mercado. A tendência é clara: as bebidas não alcoólicas seguem deixando de ser alternativas para se tornarem protagonistas.
Fonte: Food Connection
Foto de Joanna Kosinska na Unsplash