A Lidl Holanda lançou um produto inovador: carne moída mista com 60% de carne bovina e 40% de proteína de ervilha. Segundo a empresa, essa combinação reduz as emissões de CO2 em 37,5% em comparação com a carne moída convencional e é 33% mais barata. Com isso, surge a questão: o que são carnes misturadas e híbridas, quem as produz e por que estão ganhando espaço no mercado?

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Na indústria, os termos “blended” e “hybrid” são frequentemente usados de maneira intercambiável, mas há distinções. Produtos “blended” são misturas de proteínas convencionais, como carne bovina, com alternativas vegetais.

Esses produtos, como hambúrgueres e salsichas com adição de proteínas vegetais, não são novidade e são direcionados a consumidores onívoros, não a veganos. Já os produtos “hybrid” combinam carne cultivada em laboratório com ingredientes vegetais, prometendo características organolépticas aprimoradas.

Por que adotar carnes misturadas e híbridas?

A principal motivação para a criação desses produtos é a sustentabilidade. Reduzir as emissões de gases de efeito estufa é uma meta urgente para a indústria alimentícia, e as carnes misturadas e híbridas oferecem uma solução prática. Além disso, esses produtos atraem consumidores que buscam uma alimentação mais saudável e com menor impacto ambiental, sem abrir mão do sabor e da textura da carne tradicional.

Estudos mostram que consumidores europeus estão dispostos a experimentar carnes mistas com até 50% de conteúdo vegetal. Produtos familiares, como hambúrgueres e nuggets mistos, apresentam maior aceitação, o que contribui para a redução do consumo de carne e seus impactos ambientais.

O papel das empresas no desenvolvimento de carnes híbridas

Startups e grandes empresas têm investido no desenvolvimento desses produtos. A suíça Mirai Foods, em parceria com a Rügenwalder Mühle, criou carnes híbridas com proteína vegetal e gordura bovina cultivada. A espanhola Cubiq Foods, apoiada pela Cargill, também está desenvolvendo gordura cultivada para alternativas à base de plantas.

A Lidl, ao introduzir produtos misturados diretamente nas prateleiras de carne, visa atrair consumidores carnívoros, oferecendo uma opção que não exige mudança nos hábitos de consumo, mas que pode influenciar positivamente a proporção de proteína na dieta.

Fonte: Vegconomist
Imagem: Freepik

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