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EVENTOS

Representantes do MAPA e da Anvisa abrem a FiSA 2024

 A abertura da 26ª edição da Food ingredients South America (FiSA), maior feira de negócios do setor de ingredientes para as indústrias de alimentos e bebidas na América do Sul, contou com a presença de autoridades do governo e do mercado para debater regulamentação, proteínas alternativas, sustentabilidade, entre outros temas. Além disso, as empresas mostraram, no pavilhão, as principais tendências em ingredientes alimentícios, incluindo práticas agroecológicas.

Realizado pela Informa Markets, o evento, que teve início na última terça (6) e termina nesta quinta-feira (8), apresenta a maior edição dos últimos sete anos, reunindo 263 expositores de 9 países diferentes, com o crescimento de 21% no volume de empresas e 26% em m² de exposição. Este ano, a organização prevê um público estimado em mais de 10 mil pessoas e uma agenda diversificada de atrações e conteúdos, que refletem a dinamicidade e efervescência do setor.

Anvisa e MAPA debatem regulação dos produtos à base de proteína vegetal

O Summit Future of Nutrition, mais tradicional congresso para as indústrias de ingredientes para alimentos e bebidas, contou com a presença de representantes do Governo Federal, órgãos regulatórios, do setor privado e da Informa Markets, organizadora do evento.

Hugo Caruso, auditor fiscal agropecuário e diretor do Departamento de Inspeção de Produto de Origem Vegetal (DIPOV) da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), e Ligia Lindner Schreiner, gerente de Avaliação de Risco e Eficácia da Anvisa, iniciaram os trabalhos do Summit com uma apresentação sobre regulação dos produtos à base de proteína vegetal e atualização das regras de segurança de novos alimentos, respectivamente.

Concepta Ingredients lança ativo proteico de origem vegetal

“Acreditamos na coexistência dos produtos de origem animal e vegetal. Somos a favor do desenvolvimento e inovação do setor de alimentos vegetais análogos, pois é um segmento que pode colocar o Brasil como um dos principais players do mercado. Para que o desenvolvimento do setor tenha segurança jurídica, precisamos trazer a regulamentação para o âmbito federal”, afirmou Caruso.

O diretor do DIPOV destaca que desde 2019, tanto o Ministério da Agricultura e Agropecuária, quanto a EMBRAPA, vem realizando reuniões, workshops e debates sobre o assunto. Todo esse movimento resultou na Portaria SDA MAPA nº 831, de 28 de junho de 2023.

“A portaria estabelece que produtos vegetais análogos serão formulados com matéria-prima de origem vegetal, adicionados ou não de outros ingredientes. Isso foi possível graças ao diálogo estabelecido com o setor, desde o primeiro workshop em parceria com a Embrapa. A partir disso, ouvimos os anseios do setor produtivo e da sociedade em relação a esses produtos. Dessa forma, vimos a necessidade de uma regulamentação para criar base jurídica para as empresas investissem na inovação”, completou Caruso.

Ligia Schreiner falou sobre a revisão do marco regulatório de novos alimentos e novos ingredientes. Após 20 anos, em 2019, o processo teve início e o diálogo setorial começou no ano seguinte. “A revisão para comprovação de segurança e autorização de uso de novos alimentos e ingredientes trouxe uma atualização e aperfeiçoamento da definição de novos alimentos e ingredientes e a inclusão de outras bases conceituais para a aplicação desse conceito legal. Soma-se a isso, o procedimento de consulta, facultado às empresas, sobre a classificação de um alimento ou ingrediente como novo”, destacou.

São três os elementos para caracterizar um novo alimento ou ingrediente. O primeiro deles é o histórico de consumo como alimento pela população do país, seguido de características de composição e fonte de obtenção e, por fim, o processo de produção.

“Os próximos passos são a elaboração de uma Instrução Normativa com a lista de novos alimentos e novos ingredientes aprovados e suas especificações, elaboração de documento de perguntas e respostas e atualização do Guia 23/2019 – Comprovação da Segurança de Alimentos e Ingredientes”, finalizou Schreiner.

Agroecologia: a nova diretriz do mercado de ingredientes para alimentos e bebidas

Diversidade, equilíbrio e sustentabilidade – não é por acaso que as principais tendências do mercado alimentício hoje sejam também os princípios centrais da chamada “agroecologia”. Conforme definição da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a agroecologia é uma estratégia vital para garantir a segurança alimentar e nutricional, especialmente em face dos desafios globais impostos pelas mudanças climáticas e pela crescente demanda por alimentos.

Propondo uma abordagem sustentável para a agricultura, a agroecologia integra princípios ecológicos e sociais na produção de alimentos, a fim de promover a biodiversidade e o equilíbrio ambiental. Diferente dos métodos convencionais de produção, a agroecologia enfatiza práticas agrícolas que respeitam os ciclos naturais e que se integram aos ecossistemas, o que traz benefícios como a diminuição do uso de insumos químicos e da dependência de combustíveis fósseis, além do aumento da resiliência das produções.

No Brasil, a agroecologia tem ganhado força como uma alternativa para o desenvolvimento sustentável, apoiado por políticas públicas e iniciativas de organizações não governamentais. Oferecendo um centro de troca de experiências e demonstrações do que há de mais inovador, sustentável e tecnológico no mercado de ingredientes para alimentos e bebidas, a FiSA 2024 recebe diversos expositores com iniciativas agroecológicas.

FiSA anuncia produtos vencedores das premiações 2024

Empresas como a SL Alimentos e Herbaltec são signatárias do Pacto Global da ONU, que prevê uma série de objetivos de desenvolvimento sustentável a serem concretizados até 2030. Entre eles, estão o consumo e produção responsáveis, a ação contra a mudança global do clima, a erradicação da fome e a consolidação da agricultura sustentável.

Para Giuliano Xavier, diretor da Herbaltec, o debate e a adoção de processos e certificações sustentáveis, além da importância global, é fundamental também para o posicionamento de mercado. “As empresas que não se preocuparem com essas pautas vão acabar sendo prejudicadas”, avalia.

Dentre as adaptações e transformações adotadas pela empresa, Xavier destaca iniciativas como o uso de fontes de energia renováveis, logística reversa de resíduos e embalagens, aproveitamento de subprodutos na produção, parcerias com pequenas comunidades produtoras e o aproveitamento de resíduos de matérias-primas, que transformam os subprodutos em alternativas de alimentos e ingredientes nutritivos.

Nesse sentido, outra iniciativa que se destaca é o projeto Bio Abundância, da Concepta Ingredients, que estabelece parcerias e incentiva o desenvolvimento de cooperativas e pequenos produtores de ingredientes da biodiversidade brasileira, como açaí, babaçu, cupuaçu e patauá. “Os consumidores finais estão cada vez mais em busca de produtos que não sejam ‘o produto pelo produto’”, explica Giovanna Cappellano, coordenadora de ESG da empresa. O projeto da Concepta Ingredientes desenvolve atividades em seis estados brasileiros, nos biomas da Amazônia, Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica, e estima mais de 550 mil hectares de conservação indireta, e tem mais de 6,5 mil famílias impactadas.

Imagem: Reprodução / foodconnection

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Kely Gouveia

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