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Mercado de bebidas – o que se mostra mais promissor?

É sabido que a água é fundamental para a manutenção da vida. Mas nem só de água vive o homem. Ao longo da história, diversas bebidas foram criadas atribuindo sentido, sabores e prazeres à água. Atualmente o mercado de bebidas é um dos mais promissores.

Menos refrigerante e mais chá Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes (ABIR), entre 2018 e 2019, o país produziu 31 bilhões de litros de bebidas não alcoólicas, fazendo com que o setor tivesse participação de 1,13% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2018.

Bebidas como refrigerantes e refrescos em pó tiveram uma queda nas vendas

Em contrapartida, o consumo de outras bebidas vem aumentando, principalmente o daquelas com atributos de saudabilidade, como sucos (+5,7%),  águas de coco (+6,4%) e bebidas funcionais, como energéticos (+13,6%) e isotônicos (+0,2%).

Chás prontos para consumo tiveram um aumento de (+4,6%), e são considerados um dos produtos que mais crescem a cada ano. Segundo a ABIR, em 2018, o Brasil produziu 169,7 milhões de litros da bebida, e essa quantidade só tende a aumentar.

Fora desses números ainda estão os chás para infusão. É o caso do fenômeno Desinchá, que com um blend de ervas e uma proposta ligada à naturalidade e à perda de peso pôde, em menos de 2 anos, superar em vendas o líder da categoria e, hoje, já inovou seu portfólio em sabores e produtos voltados para diferentes momentos de consumo e dita alguns movimentos da categoria. Em março deste ano, a Mate Leão também lançou uma nova linha de chás funcionais.

Sucos, Néctar ou refresco?

Outro dado importante a ser analisado no mercado de bebidas é o comportamento dos consumidores frente a produtos que estão envoltos por mitos e desconhecimento, como o suco de caixinha, por exemplo: “o consumidor acaba encarando tudo que está em embalagem cartonada de uma mesma forma como ‘suco de caixinha’, mas existem diferentes categorias de bebidas dentro dessas embalagens, que vão de sucos 100% fruta, néctares, que são a grande parte do mercado e até refrescos, nos quais a quantidade de fruta é bem reduzida” Diz Carolina Godoy, nutricionista. Essas categorias de bebidas seguem o critério regulatório do decreto N° 6871, de 04 de junho de 2009.

O consumo desses produtos é proporcional ao poder aquisitivo dos brasileiros. Em momentos de crise, diminui a venda de bebidas de caixinha e aumenta a de de sucos em pó, por exemplo: Como a naturalidade ganha cada vez mais força, bebidas e sucos refrigerados em embalagens plásticas, pelas quais é possível ver o produto, ganham cada vez mais destaque no mercado. Atualmente, esse segmento é liderado pela Natural One.

No entanto, mesmo esse mercado de bebidas 100% fruta vem passando por algumas polêmicas. Além da embalagem, que nem sempre é reciclável, o suco integral de frutas já foi condenado por ser, segundo algumas influenciadoras fitness, uma “bomba de frutose”. Além disso, não faz muito tempo que a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) se posicionou não recomendado o consumo de sucos de frutas por crianças menores de dois anos, dizendo que os pequenos não devem beber sucos, e sim comer frutas, por conta, principalmente, da presença das fibras.

No mercado de sucos, os de laranja ganham destaque tanto para o consumo interno, como para a exportação, sendo o Brasil um dos maiores produtores de laranja do mundo e o maior exportador de suco de laranja. A Citrosuco é a responsável pela produção de 22% de todo o suco de laranja do mercado mundial, exportando para mais de 100 países e processando mais de 40% de todo o suco de laranja produzido e exportado pelo Brasil. Números impressionantes, não acham?

Vai um cafezinho aí?

Outra bebida que não poderia ficar de fora desse panorama é o café. Ele teve um aumento de 4,80% nas vendas, entre novembro de 2017 a outubro de 2018, segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC). A ABIC constatou uma nova tendência no mercado de café: os consumidores brasileiros estão ficando mais exigentes com relação à qualidade, fazendo com que a busca por cafés em grão torrado ainda não moído aumentasse.

Outro fenômeno observado é o crescimento da venda de cafés em cápsulas. Mais uma constatação da ABIC é a de que 64% do consumo de cafés está concentrado nas residências, enquanto que 34% acontece fora do lar, número que deve passar por uma queda nos últimos meses, devido à pandemia e ao fechamento de cafeterias, restaurantes e panificadoras. Mesmo com esses estabelecimentos atuando no sistema de delivery, como o café é uma bebida quente, ele não é um item muito pedido pelos consumidores.

Tendências para o mercado de bebidas

Assim como no mercado de alimentos, existe uma valorização de bebidas saudáveis. A redução de açúcar das bebidas, a oferta de embalagens menores e novas opções naturais são as inovações que mais surgem. Como os chás da DANONE da linha Tea 4 you e as águas saborizadas de Bonafont, de 2018. A Kombucha também vem se tornando cada vez mais conhecida, mas falaremos dessa bebida em breve, em um conteúdo dedicado só para ela. Tudo para atender um consumidor que está em busca de saudabilidade, conveniência, sustentabilidade e novas experiências de sabores.

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